Investigadores norte-americanos criaram, pela primeira vez, células estaminais para animais em vias de extinção. Partindo de células da pele dos animais, os cientistas do Instituto de Pesquisa The Scripps esperam conseguir promover a reprodução de espécies ameaçadas, impedindo que desapareçam.
À frente do estudo esteve Olivier Ryder, director de genética do Instituto de Investigação para a Conservação do Jardim Zoológico de São Diego, que criou um Jardim Zoológico Congelado há alguns anos.
Nele reuniu células da pele e outros materiais de mais de 800 espécies. No entanto, até agora ainda não eram conhecidas técnicas capazes de induzir as células adultas em células estaminais.
Foi essa a descoberta dos investigadores Olivier Ryder e Jeanne Loring, professora de Neurobiologia do Instituto de Investigação Scripps de Califórnia Tendo como ponto de partida células normais da pele, produziram pela primeira vez células capazes de se transformar em espermatozoides ou óvulos, explicam no site do The Scripps Research Institute.
No estudo foram utilizados dois animais que correm sério risco de desaparecer: o mandril e o rinoceronte-branco.
O primeiro, um primata africano, foi escolhido pela sua composição genética ser bastante parecida com a dos humanos. O segundo foi escolhido devido à situação dramática que enfrenta. Desde 1960, o rinoceronte-branco passou de 2000 exemplares para apenas sete.
Com os avanços conseguidos, os investigadores esperam abrir portas à reprodução “in vitro” e, dessa forma, garantir uma maior diversidade genética dos animais ameaçados e melhorar a saúde das populações em risco de extinção.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]