Localizado na sede do antigo jornal Diário Popular, extinto em 1991, o Teatro do Bairro será um espaço artístico para produções teatrais, cinema e música.
Com um investimento de 400 mil euros, este é um projeto que pretende ampliar a oferta cultural no Bairro Alto, onde existem outras estruturas semelhantes, como por exemplo a galeria Zé dos Bois.
“É um espaço de teatro, que não existia. Já existiu com o [Jorge] Silva Melo, mas o Bairro Alto tem vindo a perder esse lado de oferta cultural”, disse António Pires que está à frente do projeto juntamente com o produtor de cinema Alexandre Oliveira.
O espaço tem cerca de 600 metros quadrados, recuperados pelo ateliê do arquiteto Alberto Sousa Oliveira, e possui um auditório com capacidade para mais de uma centena de espetadores.
António Pires refere à Lusa que o Teatro do Bairro não é uma companhia de teatro, não é um bar, é antes um projeto cultural independente em Lisboa, que está ainda a aguardar apoios para futuras parcerias estratégicas, nomeadamente com a Câmara de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian e o Instituto das Artes.
“O Teatro do Bairro tem ainda um lado simbólico. A nossa entrada é em frente à do Conservatório e este é o bairro dos artistas, da minha geração, de cenógrafos, atores, gente ligada ao cinema. Todos nasceram aqui. Simbolicamente é importante que exista aqui”, rematou o encenador.
A comédia “Vida de artista” marca a inauguração do espaço e conta com Margarida Vila-Nova, Adriano Luz e Manuela Couto.