Um avião comercial Airbus da companhia aérea holandesa KLM Royal Dutch Airlines completou um voo transatlântico de 10 horas alimentado com um biocombustível composto em 20% por óleo de cozinha reciclado.
Um avião comercial Airbus da companhia aérea holandesa KLM Royal Dutch Airlines completou, este fim-de-semana, um voo transatlântico de 10 horas entre a capital da Holanda, Amesterdão, e Aruba, nas Caraíbas, alimentado com um biocombustível composto em 20% por óleo de cozinha reciclado.
De acordo com um comunicado da fabricante de aeronaves com sede em Toulouse, França, o avião Airbus A330-200 descolou do Aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, em direção à ilha de Aruba, completando com sucesso “o mais longo voo com biocombustível” feito até à data por um aparelho da empresa.
O principal propósito da experiência foi recolher dados antes, durante e depois do voo, nomeadamente acerca do funcionamento e da performance do motor com este tipo de combustível, que forneçam respostas mais precisas quanto ao uso de biocombustíveis e ao desempenho destes face aos combustíveis fósseis, altamente poluentes.
Este voo foi o primeiro de uma série de 20 viagens de longo curso que deverão ser realizadas com aviões da Airbus no âmbito da iniciativa europeia ITAKA (“Initiative Towards sustAinable Kerosene for Aviation”) que ambiciona acelerar a comercialização de biocombustíveis para a aviação na Europa.
Financiado pela União Europeia, este projeto colaborativo envolve a produção de combustíveis limpos para esta indústria e a realização de testes com estes combustíveis nos sistemas já existentes e em voos europeus convencionais através da KLM Dutch Airlines.
Além disso, explica a Airbus, a iniciativa pretende também melhorar as ligações entre oferta e procura, estabelecendo relações entre os produtores, os distribuidores e as companhias aéreas.
“A nossa participação na iniciativa ITAKA com a KLM utilizando um A330-200 (o avião mais eficiente na sua categoria) é fundamental para o nosso papel de catalisador na comercialização de combustíveis sustentáveis para a aviação”, afirma Andrea Debbané, vice-presidente dos assuntos do ambiente da Airbus.
“Estamos muito felizes por ter o apoio total da União Europeia neste projeto, que sustenta a iniciativa da indústria da aviação para o desenvolvimento de biocombustíveis ecológicos”, conclui.