Os cientistas analisaram o comportamento de casais de mandarins (Taeniopygia guttata), aves são conhecidas por cantarem para os seus parceiros. Segundo os cientistas, o cantar é para fortalecer o relacionamento do casal de aves.
No estudo os investigadores apontam que casais de aves do mesmo sexo, daquela espécie, cantam e cuidam do parceiro, da mesma forma que os casais formados por aves do sexo oposto.
Julie Elie sublinhou à BBC Brasil que os resultados das suas observações “levaram a um resultado surpreendente: indivíduos do mesmo sexo também interagem de uma forma associativa, como pares de machos e fêmeas”.
O estudo
Para realizar a investigação os cientistas criaram jovens mandarins em grupos do mesmo sexo. Cerca de mais de metade dos pássaros formaram pares com outra ave. A equipa monitorizou os pássaros para captar sinais de que os pares estavam totalmente ligados.
Segundo Elie, os pares de aves que formaram casais ficavam lado a lado fazendo ninhos. Mais tarde, os cientistas foram introduzindo fêmeas nos grupos de pares de machos. De oito machos que já tinham formado casais do mesmo sexo, cinco ignoraram as fêmeas e continuaram interagindo com o parceiro macho.
De acordo com os investigadores a descoberta indica que, mesmo entre aves, o impulso para encontrar um parceiro vai para além da necessidade de reprodução.
“O relacionamento de um par entre espécies socialmente monogâmicas representa uma parceria cooperativa que pode dar vantagens para a sobrevivência. Encontrar um parceiro social, não importa seu sexo, pode ser uma prioridade”, sublinhou a cientista à BBC Brasil.
Para além dos mandarins, outros exemplos, do mesmo comportamento, foram também observados por cientistas. As gaivotas, os albatrozes monogâmicos e os pinguins são aves que também formam casais entre parceiros do mesmo sexo.
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