Nasceu, pela mão de dois estudantes da Universidade de Aveiro (UA), a primeira impressora 3D a ser fabricada em Portugal.
Nasceu, pela mão de dois estudantes da Universidade de Aveiro (UA), a primeira impressora 3D a ser fabricada em Portugal e, segundo os seus criadores, a sua utilidade “tem o céu como limite”. O equipamento, criado por Francisco Mendes e Jorge Pinto, ocupa o espaço de uma impressora de papel normal e funciona de forma muito simples.
“As aplicações são as mais variadas possíveis e as potencialidades aumentam a cada dia que passa”, sublinha Francisco Mendes, atualmente a frequentar o mestrado em Automação Industrial da UA, em declarações ao portal da instituição de ensino. Tudo depende, portanto, da utilização que cada um pretender fazer do aparelho.
“Um designer ou um arquiteto que precise de fazer uma peça para uma maquete pode tê-la na mão sem sair do gabinete e uma criança que tenha perdido uma peça de lego pode produzi-la para conseguir acabar a construção”, exemplifica.
A impressora produz objetos leves mas muito resistentes e funciona com grande simplicidade. Para proceder à impressão, basta ao utilizador ligá-la ao seu computador pessoal e fazer download de qualquer um dos milhares de objetos existentes na Internet.
Em alternativa, poderá “desenhar a peça no seu computador, através de qualquer programa informático de modelagem 3D” e, de seguida, dar ordem para “imprimir, camada por camada, o modelo desenhado até ele se transformar num corpo sólido”, explica Francisco Mendes.
Impressora é mais barata do que as vendidas atualmente
Além disso, a impressora 3D portuguesa apresenta uma vantagem em relação às que são comercializadas no mercado mundial: normalmente, o preço do equipamento ronda os 3 mil euros mas a máquina da Universidade de Aveiro estará disponível por cerca de um terço desse valor, tornando-a mais acessível ao público em geral.
A complementar os benefícios surge o facto de o aparelho utilizar dois materiais baratos: o ABS, um tipo de plástico normalmente utilizado nos eletrodomésticos e que pode assumir várias cores, e o PLA, um polímero feito à base de milho, ecológico por ser biodegradável.
Já o tempo de impressão é variável, dependendo do volume e da complexidade da geometria da peça que se pretende obter: quanto maior o objeto em questão, naturalmente, maior será o tempo de espera, que pode ir de poucos minutos a algumas horas.
No entanto, segundo Francisco Mendes, o processo “demora muito menos tempo do que o que é gasto usando os serviços tradicionais de impressão de peças”.
O desenvolvimento da impressora 3D aconteceu na bitBOX, uma empresa mantida por Francisco Mendes, de 36 anos, e Jorge Pinto, de 33, licenciado em Eletrotecnia pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, e alojada na Incubadora de Empresas da Academia de Aveiro.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]
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