A distribuição de energia elétrica está mais perto de chegar a Timor, graças à nova metodologia de produção de biodiesel, criada por Samuel Freitas, o primeiro timorense a completar em Portugal os graus de licenciatura, mestrado e doutoramento.
A distribuição de energia elétrica está mais perto de chegar a Timor, graças à nova metodologia de produção de biodiesel, criada por Samuel Freitas, o primeiro estudante timorense a completar em Portugal os graus de licenciatura, mestrado e doutoramento.
Licenciado e mestre em Engenharia Química pela Universidade de Aveiro (UA), Samuel apresentou, no seu trabalho de doutoramento, uma nova solução para produzir biodiesel de uma forma mais rentável e menos poluente.
A metodologia desenvolvida pelo investigador visa a produção de biodiesel a partir de óleos vegetais extraídos de sementes do pinhão-manso e da nogueira de Iguapé, árvores nativas de Timor, que estão presentes em grande escala por todo o país.
Como refere o recém-doutorado timorense, no comunicado da UA, esta nova técnica de produção deverá permitir que o biodiesel seja “usado não só pelo parque automóvel como também para a produção de eletricidade”.
Sendo que “parte da ilha ainda não tem eletricidade”, o investigador explicou que esta investigação surgiu precisamente como uma forma de desenvolver uma metodologia barata, eficaz e limpa de obter combustível, que “pode perfeitamente ser usada em Timor numa escala industrial”.
Este novo tipo de biodiesel pode ser utilizado diretamente, mas como referiu Samuel, o objetivo é misturá-lo com gasóleo, pois “com a introdução do biodiesel nos combustíveis fósseis eliminam-se muitas emissões tóxicas que poluem o meio ambiente”.
Basta uma redução de cinco a dez por cento dessas emissões “para falarmos de toneladas de produtos tóxicos lançados a menos para a atmosfera”, acrescentou.
Em Portugal desde os vinte anos de idade e com uma única visita à terra natal durante este período de estudos, que ocupou dez anos da sua vida, Samuel prepara-se agora para regressar a Timor.
Consigo leva a vontade de ajudar a desenvolver o ensino e a investigação na área da engenharia no seu país, até porque, como referiu, “há muitos recursos energéticos em Timor-Leste que têm se ser explorados pelos próprios timorenses”.
Pode consultar mais informações AQUI.
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