Aumentar a distribuição da rede elétrica e diminuir os tempos de espera para carregamento dos veículos elétricos é o objetivo do novo equipamento móvel que está a ser desenvolvido por uma equipa da Universidade de Aveiro.
Aumentar a distribuição da rede elétrica e diminuir os tempos de espera para carregamento dos veículos elétricos é o objetivo do novo equipamento que está a ser desenvolvido por uma equipa da Universidade de Aveiro. Esta central móvel deverá ser capaz de abastecer dez automóveis elétricos em modo rápido.
O Dispositivo Modular de Armazenamento de Energia Elétrica (DMAE) será um camião elétrico que executa o armazenamento de energia, tal como um camião cisterna armazena combustível fóssil. O equipamento consiste numa estrutura metálica móvel que aloja baterias de iões de lítio – as mesmas que equipam os automóveis elétricos.
Carregamento de 10 veículos em simultâneo
Esta central móvel deverá ser capaz de abastecer simultaneamente dez automóveis elétricos, em modo rápido. Ou seja, até dez veículos poderão estar ao mesmo tempo a carregar 80 por cento da capacidade de sua bateria, um número superior ao que atualmente se verifica nos pontos da rede de carregamento elétrico nacional.
O número total de veículos elétricos pode ser abastecido por uma carga do DMAE depende da energia que tenha armazenada e também do estado de carga dos veículos, mas em termos médios, um DMAE poderá carregar pelo menos 30 veículos.
O projeto, apoiado parcialmente por um Vale Inovação, teve a duração de um ano e foi desenvolvido em parceria com a empresa D2M-Energytransit, à qual pertence a patente do DMAE. Os ensaios efetuados pelo protótipo construído no laboratório do DEM deram resultados que vão de encontro às expectativas da empresa e corroboram as propriedades inovadoras do DMAE.
O armazenamento de eletricidade é uma ambição antiga do sector elétrico e, como explica o investigador do DEM, “a vantagem do conceito DMAE, será que a considerável capacidade de armazenamento [até 4 MWh com as melhores baterias de veículos elétricos existentes atualmente], não é resultante de uma grande bateria construída de raiz, mas sim do agrupamento de baterias já existentes”. Os custos são por isso “notoriamente inferiores”, explica um comunicado enviado ao Boas Notícias.
Esta 'cisterna' elétrica pode também ser usada para o armazenamento de eletricidade em qualquer central de produção de energia renovável, como as centrais solares.
Investigadores querem incluir troca de baterias
Além do carregamento de baterias, a equipa pretende associar o conceito DMAE ao modelo de swap stations (já existentes em alguns países), em que os automóveis trocam a bateria em vez de esperar pelo carregamento parcial. Assim, os condutores poderiam, no novo módulo, fazer a troca das baterias. Os automobilistas veriam assim drasticamente reduzido o tempo para repor a autonomia total já que a operação de troca demora apenas cinco minutos.
Notícia sugerida por André Luís