O grupo editorial LeYa apresentou, esta terça-feira, a plataforma digital Escrytos, que dá a qualquer falante de língua portuguesa a possibilidade de publicar e vender a respetiva obra literária.
O grupo editorial LeYa apresentou, esta terça-feira, a plataforma digital Escrytos, que dá a qualquer falante de língua portuguesa a possibilidade de publicar e vender a respetiva obra literária, quer se trate de um ensaio, de um livro de ficção ou de poesia. A plataforma disponibiliza gratuitamente um conjunto de serviços e ferramentas que permite aos autores a autopublicação online.
A apresentação da Escrytos foi feita pelo presidente executivo do grupo LeYa, Isaías Gomes Teixeiras, que a definiu como “de utilização simples e direta, bastando saber ler e seguir todos os passos” para publicar a obra.
Para publicar um “livro eletrónico” – o chamado “eBook” – por intermédio desta plataforma, o autor só tem de registar-se no site e “seguir as instruções, que lhe facilitarão todos os passos, incluindo a obtenção do ISBN (International Standard Book Number), e a possibilidade de converter o ficheiro 'word' no publicável formato ePuB”, explicou Pedro Pereira da Silva, diretor-coordenador comercial e de marketing da Le-Ya.
Em complemento, o escritor pode ainda “desenhar” a capa, escolhendo-a a partir das mais de oito mil tipologias apresentadas ou, em alternativa, utilizando a sua própria imagém. Todas estas ferramentas estão disponíveis de forma “simples e gratuita”, não sendo necessários quaisquer conhecimentos de informática.
Paralelamente, os autores podem pedir alguns serviços pagos, nomeadamente serviços de revisão de texto ou pareceres editoriais, que podem ser solicitados antes da publicação da obra (ou à medida que esta vai sendo escrita).
Para o presidente executivo da LeYa, todos estes serviços “são uma mais-valia e têm um custo que o utilizador fica a saber na hora”. Por exemplo, ilustrou, “X horas de revisão custam Y, e pode ir-se pedindo conforme o livro evolui, não ultrapassando os 500 euros”.
Os escritores decidem se querem disponibilizar os eBooks gratuitamente ou a determinado preço, sendo que, no caso de serem gratuitos, o original não poderá vir a ser disponibilizado nas plataformas de venda com que a LeYa tem acordos.
Caso estipulem um valor, receberão 25% do preço final, adiantou Isaías Teixeira, que afirmou ainda que pode haver casos em que o original seja tão interessante que o setor tradicional venha a mostrar vontade de publicá-lo em papel.
Não há controlo, mas há “despistagem de conteúdos”
Em relação aos conteúdos, o responsável da LeYa frisou que “a responsabilidade total é do autor” mas que, embora não seja “controlo do Grupo LeYa daquilo que se publica”, existe “uma despistagem de conteúdos que possam ser inconstitucionais, xenófobos ou até plágios”.
Isaías Teixeira disse estar entusiasmado com o projeto e anteviu “grande potencial no Brasil” para esta plataforma, bem como “grande procura pelo mundo académico, com a possibilidade de edição de teses de mestrado e doutoramento”
O dirigente defendeu igualmente que esta plataforma “poderá viabilizar a publicação de poesia e ensaios, áreas com mercados diminutos” e poderá também ser útil para os fundos de catálogo, ou seja, obras de interesse que já estão esgotadas e que é “significativamente mais barato” publicar online.
Clique AQUI para aceder à plataforma Escrytos.