Saúde

Autismo: Gorduras saudáveis na gravidez cortam risco

As mulheres que consomem determinados tipos de "gorduras saudáveis" durante a gravidez podem reduzir as probabilidades de dar à luz uma criança com autismo. A conclusão é de um novo estudo da Harvard School of Public Health, nos EUA.
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As mulheres que consomem determinados tipos de “gorduras saudáveis” durante a gravidez podem reduzir as probabilidades de dar à luz uma criança com autismo. A conclusão é de um novo estudo da Harvard School of Public Health, nos EUA, que vem chamar a atenção para os benefícios da inclusão destes nutrientes na dieta.
 
A notícia é avançada pelo portal LiveScience, que escreve que, no âmbito da investigação, os cientistas norte-americanos constataram que as grávidas que consumiam elevados níveis de ácido linoleico (um tipo de gordura saudável presente em óleos vegetais, frutos secos e sementes) tinham 34% menos hipóteses de terem um filho com autismo em comparação com as que não o faziam. 
 
Por outro lado, aquelas que ingeriam quantidades muito reduzidas de ácidos gordos ómega 3, maioritariamente encontrados em peixes como o salmão, tinham 53% mais probabilidade de dar à luz uma criança com este transtorno relativamente às que consumiam uma quantidade média.
 
“Os nossos resultados trazem evidências preliminares de que o aumento da ingestão de ácidos gordos durante a gravidez pode reduzir o risco de autismo e que, pelo contrário, uma baixa presença deste tipo de gorduras saudáveis na alimentação pode aumentar as probabilidades”, explicam os investigadores no seu estudo, publicado na revista científica American Journal of Epidemiology.
 
Ao longo do estudo, a equipa avaliou 317 mães que tiveram uma criança com autismo e 17.728 progenitoras que deram à luz bebés sem este problema. As participantes responderam a questões acerca dos hábitos alimentares, sendo que 5.884 completaram os questionários durante a gravidez e as restantes no prazo de um ano após a gestação.

Estudo mais amplo para aprofundar resultados
 

Apesar de a baixa ingestão de ácidos gordos ómega-3 poder aumentar o risco de autismo, os cientistas constataram que, a partir de uma certa margem, incrementar a quantidade consumida não proporciona benefícios adicionais. No entanto, uma ingestão moderada deste tipo de gorduras traz vantagens efetivas. 
 
A equipa, coordenada por Kristen Lyall, esclareceu que foram tidos em consideração outros fatores que poderiam influenciar o aparecimento de autismo, como a idade da mãe, o consumo total de calorias e os hábitos tabágicos da gravidez. 
 
Segundo Lyal e os colegas, o estudo descobriu apenas uma associação entre a ingestão deste tipo de gorduras e a redução do risco de autismo e esta pode não ser uma relação causa-efeito. Para já, a justificação para estes benefícios continua por explicar, mas pode ter a ver com a importância destes nutrientes para o desenvolvimento cerebral do feto.
 
Os especialistas pretendem, agora, desenvolver um estudo mais aprofundado com uma amostra mais ampla de forma a confirmar estes resultados. 

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês). 

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