a vida de 2,2 milhões de recém-nascidos, incluindo a do próprio neto, noticia a BBC.
Nos últimos 50 anos, Harrison já fez cerca de 984 doações de
sangue, estando perto de alcançar o recorde de 1000 doações.
O plasma sanguíneo deste australiano é usado num tratamento que é aplicado nas mulheres grávidas para evitar que seus bebés sejam afectados pelo factor de Rhesus, também conhecido como doença hemolítica, que causa incompatibilidade entre o feto e a mãe.
Esta doença acontece quando o sangue da mãe é Rh- e o do bebé é Rh+, uma conjuntura que leva o organismo materno a criar anticorpos que atacam o sangue do bebé. Normalmente, na primeira gravidez, os anticorpos gerados não põe em perigo a vida do feto. Mas nas gestações posteriores o factor Rhesus pode causar sérias complicações e mesmo a morte do bebé.
A doença hemolítica pode ser moderada mas também pode conduzir à icterícia, a lesões cerebrais ou a morte da criança. O tratamento feito com o sangue de Harrison (conhecido como Anti-D) funciona como profilaxia, prevenindo a formação de anticorpos contra eritrócitos Rh-positivos em pessoas Rh-negativas.
Antes deste tratamento ter surgido, a doença de Rhesus era a causa de morte e de danos cerebrais de milhares de recém-nascidos na Austrália.
Aos 14 anos de idade, Harrison teve de passar por uma cirurgia no peito e precisou de quase 14 litros de sangue para sobreviver. A experiência levou-o a fazer doações de sangue regularmente, a partir dos 18 anos de idade.
Segundo a BBC, o seu sangue foi considerado tão especial que o australiano recebeu um seguro de vida no valor de um milhão de dólares australianos, cerca de 679 mil euros.
Mais info sobre o factor de Rhesus na página da CSL Behring.
[Notícia sugerida pela utilizadora Rita Branco]