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Austrália: Encontrado canhão que pode ser português

Um jovem de 13 anos encontrou, numa praia do norte da Austrália, um canhão de bronze idêntico aos que usavam os navios portugueses no século XVI, avança a imprensa australiana.
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Um jovem de 13 anos encontrou, numa praia do norte da Austrália, um canhão de bronze idêntico aos que usavam os navios portugueses no século XVI, avança a imprensa australiana. A descoberta está a causar polémica porque poderá indicar que os portugueses foram os primeiros ocidentais a pisar o território.

O jovem Christopher Doukas, residente na cidade de Darwin, encontrou o artefacto há cerca de dois anos, quando caminhava na praia Dundee Beach, numa altura em que as marés estavam muito baixas. Com a ajuda do pai, o jovem transportou o canhão para casa.

Através da internet, Christopher Doukas descobriu que este tipo de canhões – de bronze e com dimensões semelhantes às das espingardas – eram usados pelos portugueses na altura dos Descobrimentos. O jovem descobriu ainda que, recentemente, um museu britânico pagou cerca de 9500 euros por um objeto semelhante.

Na altura da descoberta, a mãe do jovem contactou o Museu de Darwin mas só agora é que a instituição pediu para analisar o artefacto.

A origem exata do canhão ainda não foi definida, mas suspeita-se pertencer a exploradores portugueses do século XVI, provavelmente na altura em que as frotas chegaram a Timor Leste, em 1515.

Descoberta pode “re-escrever” a história da Austrália

Esta descoberta pode sugerir que os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao território e não os holandeses, que chegaram à Austrália um século mais tarde, em 1606. Alguns jornais australianos dizem mesmo que a descoberta poderá “re-escrever” a história da Austrália.

No entanto, o historiador australiano Peter Forrest, citado pela agência AAP, afirma que estas deduções são precoces e que é preciso estudar melhor a descoberta para perceber como chegou à praia australiana.

Uma vez que não há provas concretas da presença portuguesa na Austrália, o especialista põe a hipótese do canhão ter sido levado pela maré até à costa australiana ou de ter sido levado por comerciantes anos mais tarde.

Clique AQUI para ver imagens do canhão num artigo publicado no Australian Geographic.

[Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Raquel Baêta]

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