Num esforço para rejuvenescer a população da capital, a Câmara Municipal de Lisboa apresentou na passada quarta-feira a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). O projeto passa por estabelecer planos de habitação urbanos a custos controlados, para i
Num esforço para rejuvenescer a população da capital, a Câmara Municipal de Lisboa apresentou na passada quarta-feira a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). O projeto passa por estabelecer planos de habitação urbanos a custos controlados, para incentivar os jovens a fixarem-se em Lisboa. Manuel Salgado, vereador do pelouro do Urbanismo de Lisboa e coordenador da revisão do PDM, garante ao Público que a autarquia tem trabalhado com os promotores imobiliários, com o intuito de alterar o mecanismo de compensações. O ideal seria garantir mais 25% de edificabilidade ao promotor, em troca da garantia do arrendamento de 25% dos fogos, durante dez anos, com um valor de renda fixo.
António Costa reiteira a importância de tomar medidas imediatas, de forma a inverter a tendência de “evolução da receita municipal [que] ao longo dos últimos 10 anos está estagnada”. “Em cada ano há sempre menos dinheiro. Não há concelho do interior que se tenha desertificado tanto quanto Lisboa nas últimas décadas. Perdemos 300 mil habitantes desde o Censos [de 1991] , e no próximo perderemos mais 80 mil. Isto tem consequências pesadíssimos para a cidade”, acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa.
Por isso, António Costa referiu que o PDM “deve expressar os grandes objetivos da carta estratégica da cidade, um instrumento político que visa responder aos objectivos. Mas tem que ser mais amigável do munícipe, atractivo, competitivo, capaz de gerar emprego e riqueza, e ao mesmo tempo ambientalmente sustentável e energeticamente eficiente.”