“Naquela altura [da amputação] todas as pessoas estavam preocupadas comigo. Depois percebi que tinha de fazer algo na minha vida para que essas pessoas deixassem de olhar para mim com pena”, explicou esta semana a aventureira de 26 anos à agência France-Presse.
Para concretizar o seu objetivo, Arunima Sinha teve de preparar a viagem com cuidado e treinar escalada. A sua história sensibilizou a fundação indiana The Tata Steel Adventure Foundation, um projeto indiano que apoia a realização de aventuras consideradas acima dos limites do ser humano.
A esta causa juntou-se o nepalês Ang Tshering Sherpa, fundador da empresa Asian Trekking, que quis financiar a expedição ao Evereste. “Conheciamos a sua história, sabíamos que tinha recuperado bem da amputação porque ela é uma atleta muito ativa”, referiu o empresário.
Arunima Sinha (à esquerda) concretizou esta terça-feira o prometido e, às 10h55 (6h50 em Lisboa) chegou ao cume da montanha de 8.848 metros. A ex-atleta da seleção indiana de voleibol começou a escalada na segunda-feira, por volta das 18h00 (13h55 em Lisboa).
Arunima Sinha foi vítima de um assalto na Índia há dois anos, tendo sido atirada para a linha de um comboio pelos ladrões. A atleta que tentou resistir ao furto, acabou por ter se ter amputada de uma das pernas abaixo do joelho, depois de ter sido atropelada pelo comboio que passava na linha.
Notícia sugerida por João Ramos