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Atleta feminina completa seis Ironmans em seis continentes em 56 dias

Com o objetivo de angariar 479,000 euros para financiar a educação de crianças de bairros de lata, antiga hospedeira de bordo leva a angariação de fundos a outro nível.
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por redação

Maria Conceição, fundadora da Fundação Maria Cristina terminou um desafio imposto a si mesma com o objetivo de angariar fundos para financiar a educação de 125 crianças de um bairro de lata que ajuda há 12 anos.

Maria, uma antiga hospedeira de bordo que se tornou humanitária, conseguiu garantir a educação de 600 crianças da comunidade de Gawair, em Daca, capital do Bangladesh. Não sendo uma pessoa particularmente atlética nem uma ávida fã de desporto, conseguiu ainda assim motivar-se para terminar este desafio e assim ajudar as crianças de Daca. Conceição foi também a primeira portuguesa a chegar ao topo do Monte Evereste, além de ter já ter feito parte de uma expedição ao Pólo Norte, corrido maratonas consecutivas nos sete continentes, nadado o Canal da Mancha por sete horas e ganhado 6 Recordes Mundiais do Guinness. Todos estes feitos ajudaram a angariar os fundos necessários para manter operacionais os projetos da Fundação.

O seu último desafio foi o “6×6”, que consistiu na realização de seis Ironmans em seis continentes, numa tentativa extrema de angariar €479,000, valor esse que garantirá a educação até ao 12º ano das restantes 125 crianças do projeto. Maria pretende acabar o pequeno projeto começado há doze anos: “O mais irónico é que garanti o percurso educativo de centenas de crianças, mas eu própria tenho apenas o quinto ano. Espero poder voltar a focar-me na minha própria educação quando cumprir a minha promessa a estas crianças, gostaria até mesmo de entrar na universidade. Acabei de fazer 40 anos, portanto está na altura de acabar pelo menos o 12º ano!”

Os desafios Ironman são famosos por serem uma das mais intensas provas desportivas do mundo, testando o corpo numa distância total de 3.8 Km a nadar, 180km de bicicleta e 42.2km de corrida.

A própria Maria diz, em relação aos desafios enfrentados: Nunca pensei que teria de chegar ao ponto de exaustão a que estes desafios me expõem, mas tem sido tão difícil angariar os fundos necessários que só vejo esta forma de chamar a atenção das pessoas. Só estes desafios extremos mantém as pessoas atentas ao trabalho da Fundação.”

A Fundação Maria Cristina, cujo nome tem sua inspiração na mãe adotiva da Maria, precisa de assegurar donativos para que os restantes 125 alunos possam acabar o 12º ano. Para a Maria, o esforço de preparação que um desafio destes exige não chega aos pés do que as crianças dos bairros de lata de Daca têm de fazer para terem aquilo que para nós é garantido, como comida, abrigo, educação e assistência médica. E para honrar a promessa que lhes fez há 12 anos, a Maria está preparada para ir tão longe quanto necessário para angariar fundos e chamar a atenção para as condições de vida extremas destas crianças.

“Não quero ter de dizer às crianças que não podem terminar o seu percurso escolar, principalmente quando a alternativa é o trabalho infantil ou um casamento forçado. É através da educação que lhes podemos dar mais oportunidades, fazendo da sua comunidade um lugar melhor, uma criança de cada vez. Já levei o meu corpo e mente ao limite de uma forma quase absurda na tentativa de garantir uma educação de qualidade a estas crianças.”

A Maria pede agora a ajuda dos seus apoiantes para conseguir completar a sua missão.

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