Saúde

Atitude positiva pode ajudar a viver mais tempo

Ser otimista pode mesmo ser benéfico para a saúde e, em especial, para o coração. Um novo estudo britânico revela que uma atitude positiva reduz drasticamente o risco de complicações futuras em pacientes que sofreram um ataque cardíaco.
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Ser otimista pode mesmo ser benéfico para a saúde e, em especial, para o coração. A conclusão é de um novo estudo britânico, que revela que uma atitude positiva reduz drasticamente o risco de complicações futuras em pacientes que sofreram um ataque cardíaco.
 
De acordo com a investigação publicada na revista científica Psychosomatic Medicine e desenvolvida pela University College London, em Inglaterra, para a Fundação Britânica do Coração (BHF, na sigla em inglês), o otimismo é uma arma fundamental para diminuir a probabilidade de um novo ataque cardíaco, da necessidade de cirurgia ou de morte precoce.
 
A equipa de cientistas ingleses analisou a postura mental de 369 pacientes que foram hospitalizados em sequência de sintomas de angina instável ou de ataque cardíaco, seguindo, depois, o seu estado de saúde durante um período de 46 meses, revela, em comunicado, a BHF. 
 
Os investigadores descobriram que os pacientes mais pessimistas tinham duas vezes mais probabilidades de vir a sofrer um futuro ataque cardíaco, de ser submetidos a cirurgia cardiovascular ou de morrer nos quatro anos seguintes ao estudo em comparação com os pacientes otimistas.
 
Segundo os especialistas, estas conclusões podem estar associadas a uma série de benefícios físicos e psicológicos resultantes de uma atitude positiva, já que o otimismo parece contribuir para promover a recuperação dos pacientes pelo facto de estes mostrarem maior abertura quanto à introdução de mudanças nos seus estilos de vida.
 
Por exemplo, cerca de 50% dos pacientes mais pessimistas mantiveram os hábitos tabágicos que já tinham antes de terem sido hospitalizados, ao passo que os mais otimistas aumentaram, com frequência, o consumo de fruta e vegetais, introduzindo as alterações na dieta recomendadas pelos médicos.
 
“O nosso estudo mostra que as pessoas otimistas aceitam, com mais frequência, os conselhos acerca das alterações no estilo de vida que devem adotar, como deixar de fumar ou fazer uma alimentação mais saudável”, explica Andrew Steptoe, principal autor do estudo. “[Esta atitude] resulta numa melhor recuperação depois de um ataque cardíaco ou de um episódio de angina instável”, acrescenta.
 
Estudos anteriores tinham já demonstrado que uma perspetiva otimista face à vida deve ser encorajada em pacientes com doenças cardiovasculares devido ao impacto emocional que este tipo de problema pode ter.
 
Os investigadores ambicionam, agora, que estas conclusões possam vir a ser utilizadas para identificar os pacientes com maior risco de complicações e aqueles que podem beneficiar de intervenções psicológicas com vista à promoção de uma atitude mais positiva.

Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês). 

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