Uma equipa de especialistas do ASTRON - Instituto Holandês de Radioastronomia acaba de anunciar a descoberta de uma galáxia gigante até aqui desconhecida graças às imagens iniciais de uma espécie de "censo" a todo o céu do hemisfério norte.
Uma equipa de especialistas do ASTRON – Instituto Holandês de Radioastronomia acaba de anunciar a descoberta de uma galáxia gigante até aqui desconhecida. O achado foi possível graças às imagens iniciais de uma espécie de “censo” que está a ser feito a todo o céu do hemisfério norte através do telescópio internacional LOFAR (ILT).
Os investigadores da instituição holandesa, coordenados por George Heald, encontram-se, neste momento, a realizar a primeira iniciativa do género em frequências muito baixas, tendo como principal objetivo fazer um “exame superficial inicial” ao céu para criar, depois, um modelo que apoie a calibração de observações mais profundas no futuro.
No decorrer do processo, e enquanto analisava o primeiro conjunto de imagens do projeto MSSS – Multi-Frequency Snapshot Sky Survey, explica um comunicado do ASTRON, George Heald identificou uma nova origem de radiofrequências do tamanho da Lua projetada no céu.
Segundo os astrónomos, esta emissão de radiofrequências está associada a materiais ejetados por um membro de uma tríade de galáxias vizinhas há dezenas ou mesmo centenas de milhões de anos.
A nova galáxia, cuja extensão de material é muito mais ampla do que o próprio sistema em que se insere e que se espalha pelo espaço intergalático a milhões de anos-luz de distância, faz parte de uma classe de objetos conhecidos por RadioGaláxias Gigantes (GRG, na sigla em inglês).
O centro desta nova galáxia está associado a um outro elemento de um sistema de galáxias conhecido por UCG 09555 e a galáxia central localiza-se a cerca de 750 milhões de anos-luz da Terra, adiantam os investigadores. Como as outras da sua classe, carateriza-se por ter um enorme tamanho, o que sugere que é muito antiga ou muito poderosa.
A equipa internacional de astrónomos que está, atualmente, a desenvolver o projeto MSSS é composta por cerca de 50 especialistas de vários institutos, maioritariamente da Holanda, Alemanha, Reino Unido, Polónia, França e Itália.
[Notícia sugerida por Diana Rodrigues]