Graças ao brilho produzido, as galáxias foram observadas exatamente como eram há 12 biliões de anos. Isto é, apesar de serem duas das mais antigas de que há conhecimento, os cientistas puderam observá-las “jovens”, com a mesma aparência que possuíam no início do Cosmos – que terá, aproximadamente, 13,7 bilões de anos.
Aquilo que gerou maior curiosidade foi o facto de a aparência das duas galáxias evidenciar a presença de elementos químicos mais pesados do que os encontrados no Sol, que normalmente só começam a ser produzidos após várias gerações de vida e morte de estrelas.
Sandra Savaglio, responsável pelo relatório que dá conta dos novos dados, explicou que o grupo de cientistas “não esperava que o Universo fosse tão maduro e tão evoluído quimicamente” num ponto tão prematuro da sua expansão.
Savaglio acrescentou que o desejo dos investigadores é poder “voltar a observar estas galáxias no futuro, quando estiverem disponíveis instrumentos ainda mais sensíveis” e que permitam uma análise mais detalhada.
A equipa do Observatório Europeu do Sul acredita que as duas galáxias poderão estar a atravessar um processo de fusão, uma vez que estão muito próximas uma da outra. Os resultados obtidos sustentam ainda a ideia que as explosões de raios gama podem estar associados à formação massiva de estrelas.