- Com a Inteligência Artificial (IA), as nossas palavras irão abrir uma janela para a nossa saúde mental(http://ibm.biz/Bdse2S)
Hoje em dia, um em cada cinco adultos nos Estados Unidos sofre de algum distúrbio mental, seja neurológico ou relacionado com outras doenças como a depressão, bipolaridade, esquizofrenia ou psicose.
Na IBM, os cientistas estão já a usar áudio e transcrições de entrevistas psiquiátricas, juntamente com técnicas de machine learning e processamento de linguagem natural, para encontrar padrões de fala e ajudar os médicos a prever e monitorizar alguns tipos de psicose, esquizofrenia, mania e depressão. Hoje bastam 300 palavras para detetar a probabilidade de um paciente vir a sofrer de algum género de psicose. No futuro, técnicas semelhantes irão ajudar pacientes com sinais de Parkinson, Alzheimer, e até mesmo de condições comportamentais como autismo e Transtorno de Défice de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
- As tecnologias dehyperimaging e de IA vão dar-nos uma visão de super-herói (http://ibm.biz/Bdse2K)
Mais de 99,9% do espetro eletromagnético não pode ser observado a olho nu. Nos últimos 100 anos foram construídos instrumentos que conseguem emitir e sentir energia em diferentes comprimentos de onda. Hoje, algumas destas ferramentas permitem capturar imagens médicas do nosso corpo, verificar o estado da nossa dentição, detetar produtos proibidos nas malas no aeroporto ou até aterrar um avião em condições de nevoeiro.
Daqui a cinco anos, novos dispositivos de imagem, que tiram partido de tecnologias de hyperimaging e de IA, irão permitir ver amplamente além do domínio da luz visível, combinando várias bandas do espectro eletromagnético para revelar informações valiosas ou potenciais perigos que, de outra forma, estariam ocultos aos nossos olhos. Mais importante ainda, esses dispositivos serão portáteis e acessíveis, de tal modo que a visão de super-herói tornar-se-á parte das nossas experiências diárias.
Por exemplo, estes novos dispositivos tornar-se-ão imprescindíveis para o tráfego automóvel ou como ferramentas de apoio a carros autónomos. Ou seja, a tecnologia de hyperimaging pode ajudar um carro a “ver” através do nevoeiro ou da chuva e a detetar atempadamente obstruções na estrada ou condições adversas, como gelo no piso.
Incorporadas nos nossos smartphones, essas mesmas tecnologias de computação cognitiva poderão percecionar, através de fotografias tiradas aos nossos alimentos, o seu valor nutricional ou até se estão em condições de serem consumidos. Uma hiperimagem de um cheque bancário poderá, ainda, dizer-nos se este é ou não fraudulento.
- Os macroscópios irão ajudar-nos a entender a complexidade da Terra com infinito detalhe(http://ibm.biz/Bdse2n)
Devido à Internet das Coisas (IoT), novas fontes de dados surgem de milhões de objetos conectados – desde frigoríficos, lâmpadas e até sensores remotos como drones, câmaras ou satélites. Já existem mais de seis mil milhões de dispositivos conectados, que geram dezenas de exabytes de dados por mês, com uma taxa de crescimento de 30% ao ano. Depois da digitalização de informações, transações comerciais e interações sociais, assistimos agora ao processo de digitalização do mundo físico que nos rodeia.
Em cinco anos, usaremos algoritmos de machine learning e de software que nos ajudarão a organizar informações sobre o mundo físico para ajudar a dar uma nova visão e compreensão a todos esses dados. A este instrumento chamamos “macroscópio” – mas, ao contrário do microscópio que permite ver a uma escala mínima, ou do telescópio que aproxima o que está longe, o macroscópio é um sistema de software e algoritmos que irá reunir todos os dados complexos da Terra e analisar o seu significado.
Ao agregar, organizar e analisar dados sobre clima, condições do solo, níveis de água e práticas de irrigação, por exemplo, uma nova geração de agricultores terá todo o conhecimento ao seu dispor que lhe permitirá determinar as colheitas ideais, onde plantá-las e como gerar bons rendimentos, sem qualquer desperdício de água.
Em 2012, a IBM Research começou a implementar este conceito em Gallo Winery, na Califórnia, ao cruzar dados sobre a irrigação, o solo e o clima, com imagens de satélite e outros dados de sensores, por forma a prever a irrigação específica necessária para produzir um ótimo rendimento e qualidade das uvas. No futuro, as tecnologias de macroscópio ajudar-nos-ão a dimensionar este conceito a qualquer lugar do mundo.
- Os laboratórios médicos “Lab-on-a-chip” serão como que detetives na área da saúde para despistar doenças à nanoescala(http://ibm.biz/Bdse2e)
A deteção precoce de uma doença é crucial. Na maioria dos casos, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais probabilidade existe de cura. No entanto, doenças como o cancro ou Parkinson podem ser difíceis de detetar – até que os sintomas comecem a aparecer. Informações sobre o estado da nossa saúde podem ser retiradas de minúsculas biopartículas em fluídos corporais como saliva, lágrimas, sangue, urina e suor. Mas as técnicas científicas existentes enfrentam desafios para capturar e analisar essas biopartículas, que são milhares de vezes menores do que o diâmetro de uma madeixa de cabelo humano.
Nos próximos cinco anos, novos laboratórios médicos – “lab-on-a-chip” – servirão como detetives de nanotecnologia para a saúde – rastreiam pistas invisíveis nos fluidos corporais e informam-nos imediatamente se temos razões para consultar um médico. O objetivo é reduzir a um único chip de silício todos os processos necessários para analisar uma doença que normalmente seria realizada num laboratório de bioquímica em grande escala.
- Sensores inteligentes irão detetar poluição ambiental à velocidade da luz(http://ibm.biz/Bdse2p)
A maioria dos poluentes é invisível ao olho humano. O metano é a principal componente do gás natural – comummente considerado uma fonte de energia limpa – mas habitualmente é libertado para a atmosfera, sendo por isso considerado o segundo maior contribuinte para o aquecimento global, a seguir ao dióxido de carbono (CO2).
Em cinco anos, novas tecnologias de deteção de gases, implementadas perto de poços de extração de gás natural, nas instalações de armazenamento e ao longo de condutas de distribuição, permitirão que a indústria identifique em tempo real esses vazamentos invisíveis. Redes de sensores de IoT, conectadas de forma wireless à cloud, fornecerão uma monitorização contínua da vasta infraestrutura de gás natural, permitindo que estes vazamentos sejam detetados numa questão de minutos em vez de semanas, reduzindo a poluição e os resíduos e a probabilidade de eventos catastróficos.
“Com os avanços da inteligência artificial e da nanotecnologia, o nosso objetivo é criar uma nova geração de instrumentos científicos que tornarão os complexos sistemas invisíveis de hoje em dia, visíveis nos próximos cinco anos”, afirmou Dario Gil, da IBM Research.
A inovação nesta área irá permitir melhorar indústrias como a agricultura, aumentar a eficiência energética, detetar a poluição prejudicial antes que seja tarde demais e evitar que a saúde física e mental se deteriore prematuramente. A equipa global de cientistas e investigadores da IBM está constantemente a levar estas invenções dos nossos laboratórios para o mundo real.
A iniciativa “IBM Next 5 in 5” baseia-se em tendências sociais e de mercado, bem como nas tecnologias emergentes dos laboratórios de I&D da IBM em todo o mundo que tornam estas transformações possíveis.
O conteúdo As cinco inovações que vão tornar visível o invisível e mudar as nossas vidas nos próximos cinco anos aparece primeiro em i9 magazine.