O artista português Alexandre Farto, conhecido como Vhils, está em Paris pelo segundo ano consecutivo para participar na Noite Branca, um evento que conta com outros nomes portugueses.
O artista português Alexandre Farto, conhecido como Vhils, está em Paris pelo segundo ano consecutivo para participar no Nuit Blanche (Noite Branca, em português). um evento que conta com outros nomes portugueses.
Para este evento, Vhils transformou três fachadas do hospital pediátrico Necker, no 15° bairro de Paris, em murais de onde sobressaem rostos de crianças cravados diretamente na parede, estando as obras junto a uma torre decorada, em 1987, pelo norte-americano Keith Haring, um dos pioneiros da 'Street Art'.
Partindo de uma nova série de desenhos de crianças que fez e tratando-se de um hospital “com carga pesada”, o objetivo foi dar ao espaço “uma nova vida” e conseguir, durante “um ou dois segundos”, tirar as pessoas do contexto em que estão, disse o artista em declarações à agência Lusa.
Além de “pegar num espaço que estava completamente deprimido” e fazer aparecer um rosto, Vhils introduziu um elemento novo, a árvore, para “olhar para o futuro de outra maneira”.
“Tens essa relação direta de crescimento e daquilo que te faz ser o que tu és, que vem de trás, mas que também te aponta para o futuro”, descreveu.
Evento é organizado por luso-descendente
O trabalho de Vhils vai estar em destaque na “Grande Caminhada Artística”, um percurso de obras, performances e instalações que pretende fazer de Paris um museu a céu aberto durante uma noite e que foi imaginado pelo franco-português José Manuel Gonçalves, diretor artístico da Noite Branca.
“Este conceito é uma maneira de descobrir Paris um pouco diferente do que a gente conhece. Também quis levar a Noite Branca para um espaço público e não fechado, como uma galeria”, explicou à Lusa José-Manuel Gonçalves, lusodescendente também diretor do espaço cultural Centquatre-Paris.
A pontuar a ‘Grande Caminhada Artística’ estarão as obras do percurso ‘OFF’, entre as quais se destaca ‘Girândola de Luz’, na Praça do Châtelet, da franco-portuguesa Catherine da Silva, uma instalação com a forma de um cravo no âmbito de um projeto que acontece, simultaneamente, no Monte do Sobral, no Alentejo e no Largo do Carmo, em Lisboa.
Clique AQUI para consultar o evento no Facebook.