Até à próxima segunda-feira, a artista Beatriz Albuquerque, considerada uma das jovens artistas mais importantes do mundo, vai apresentar a instalação 'Crise na Sorte', da sua autoria, na Galeria Macy, em Nova Iorque.
Até à próxima segunda-feira, a artista Beatriz Albuquerque, considerada uma das jovens artistas mais importantes do mundo, vai apresentar a instalação 'Crise na Sorte', da sua autoria, na Galeria Macy, em Nova Iorque.
Depois de vencer o Prémio Revelação da 17ª Bienal de Cerveira, a portuguesa leva a inovadora instalação sobre a crise até ao outro lado do Atlântico, onde mostra o vídeo da performance que fez em Agosto, em Vila Nova de Cerveira, em que, na interação com o público, oferece um bolo da sorte como a solução para os seus problemas.
“Convidei o público a colocar as mãos num bolo e dizer quais os seus problemas. A seguir eu dava uma resposta aos seus problemas ou crises”, conta Beatriz Albuquerque à Lusa. “Fazia isto através de uma fortuna escrita e de um bolo confecionado na altura, com a forma necessária para eles deglutirem a resolução do problema enquanto liam a fortuna por mim.”
A artista conta que, nesta performance, assume “a metamorfose na sacerdotisa e no oráculo que prediz uma resposta e responde às perguntas em relação à crise que vivemos” e que reflete sobre “os problemas e desditas de quem necessita de uma fortuna cega.”
Beatriz Albuquerque, de 34 anos, mudou-se para os Estados Unidos em 2005, impulsionada pela entrada no 'Independent Performance Group', um grupo criado por Marina Abramovic, artista que protagoniza um vídeo que se tornou viral no início do ano, onde a mesma reencontra um ex-companheiro que não via há 25 anos.
Nos Estados Unidos, a artista portuguesa fez um mestrado no ‘Art Institute’ de Chicago, terminando agora o seu doutoramento em Novos Media, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
Ao longo da sua carreira, já recebeu prestigiados prémios como o prémio Myers, da Universidade de Columbia, e o prémio Ambient Series Performance, do Festival de Performance Edge. Em 2011, a revista especializada ‘Flash Art 281’ indicou-a como uma das 100 artistas de todo o mundo mais relevantes com menos de 45 anos.
O seu trabalho já foi mostrado em vários países como o Brasil, Turquia e Colômbia.
Notícia sugerida por Maria Pandina