O trabalho de uma equipa de investigadores do Porto chegou à capa de uma revista científica internacional. A investigação, sobre as interferências da bactéria H.pylori no estômago, fez a primeira página do último número da FEBS Letters.
O trabalho de uma equipa de investigadores do Porto chegou à capa de uma revista científica internacional. A investigação, sobre as interferências da bactéria H.pylori no estômago, fez a primeira página do último número da FEBS (Federation of European Biomedical Societies) Letters.
De acordo com um comunicado citado pela agência Lusa, o artigo revê as formas como a bactéria Helicobacter pylori “interfere com as células de superfície do estômago, tanto diretamente, como através da alteração das ligações dessas células entre si”.
Segundo o mesmo documento, “estas modificações constituem os passos iniciais do processo que, se correr mal, poderá acabar em cancro do estômago”, uma doença com elevada taxa de mortalidade.
As bactérias H.pylori existem em todo o mundo e colonizam o estômago humano, podendo provocar infeções na mucosa gástrica e gastrite crónica, fatores de risco para úlceras e cancros gástricos.
Este facto justifica a importância dada à investigação, que procurou analisar as interações desta bactéria no estômago, observando o seu grau de ameaça e a resposta do organismo, que contribui para o desenvolvimento do carcinoma.
A primeira autora do artigo é Ângela Margarida Costa, recém-doutorada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que trabalhou com as coautoras Marina Leite, investigadora do IPATIMUP, Raquel Seruca e Céu Figueiredo, ambas professoras na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
O cancro do estômago é a segunda causa de morte por cancro a nível mundial. Este alto índice de mortalidade deve-se em parte à incapacidade de prever como o cancro vai evoluir ao longo do tempo e à falta de terapêuticas eficazes contra esta patologia.