“Cactus” é o nome do projeto português para uma residência de estudantes para o campus universitário de Merced, na Califórnia, um desafio lançado pela divisão de São Francisco do American Institute of Architects, em resposta à necessidade de, até 2020, todos os novos edifícios residenciais obedecerem a metas de poupança energética muito exigentes.
Como explicou à Lusa a arquiteta Guida Gonçalves, uma das integrantes do grupo, “este é um concurso meramente de ideias, mas é também uma forma de perceber quais são as soluções possíveis para atingir metas de redução de 50 a 75 por cento de utilização de energia da rede elétrica”.
De acordo com o site do concurso “Architecture at zero”, as equipas participantes podiam apresentar um projeto para duas categorias distintas – um edifício de estudantes ou um edifício administrativo – sendo que todas as propostas teriam de assentar num sistema de energia de custo zero.
O “Cactus” é inspirado na capacidade dos catos para sobreviverem em condições agrestes. Assim, a equipa do Porto utilizou painéis fotovoltaicos, turbinas e, a exemplo do que acontece com a planta, projetou conservar água na cave, para a refrigeração do edifício.
A equipa de cinco arquitetos e cinco estudantes foi organizada pelo japonês Ren Ito, que, depois de trabalhar no ateliê de Siza Vieira, se estabeleceu como arquiteto independente.
O trabalho, feito entre Junho e 1 de Outubro, à custa de muitas reuniões, venceu o projeto para a residência universitária, enquanto uma equipa norte-americana ganhou o desafio para a construção de um edifício administrativo.
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[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]