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Argentina: Bebé encontrada com vida na morgue

Luz Milagros deve o seu nome ao "milagre" que lhe aconteceu pouco depois de nascer. A bebé argentina nasceu prematura e foi dada como morta, mas os pais encontraram-na com vida, na morgue, onde a bebé passou 12 horas, no momento em que se preparavam
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Luz Milagros deve o seu nome ao “milagre” que lhe aconteceu pouco depois de nascer. A bebé argentina nasceu prematura e foi dada como morta, mas os pais encontraram-na com vida, na morgue, onde a bebé passou 12 horas, no momento em que se preparavam para um último adeus.
 
A menina nasceu prematura, na semana passada, num hospital da Argentina após apenas seis meses de gestação. Depois do parto, nenhum dos médicos que a assistiu detetou sinais vitais. Os pais chegaram mesmo a receber uma certidão de óbito, uma hora antes de ouvirem movimentos no caixão, já na morgue.
 
De acordo com a BBC, os especialistas que examinaram o caso consideram que o facto de a bebé ter sobrevivido tanto tempo sem assistência médica pode estar relacionado com a temperatura baixa do interior do caixão, que terá conseguido manter-lhe os órgãos vitais em funcionamento.
 
Ao jornal argentino Clarín, o neurologista Claudi Solana afirma que o facto de a bebé não ter aparentado sinais vitais não é raro: “Os bebés prematuros às vezes nascem sem frequência cardíaca nem respiratória”. O médico refere, no entanto, que “o normal é deixá-los em observação por pelo menos duas horas” já que por vezes “eles se reanimam”.
 
No entanto a versão dos pais da criança é de que a notícia da morte da menina foi dada poucos instantes após o parto. Uma situação que levanta polémica quanto ao procedimento dos médicos.

Cinco médicos suspensos

 
Cinco médicos do hospital foram suspensos enquanto o Ministério da Saúde da região de Chaco, onde aconteceu o incidente, investiga o caso. 
 
“Obviamente houve um erro médico protocolar, (…) foi um facto lamentável, que por sorte está a ser controlado, e toda a assistência médica está a ser dada à pequena Luz Milagros”, disse à imprensa local o ministro da Saúde Pública do Chaco, Francisco Baquero.
 
“Houve muitas coisas que me chamaram a atenção, primeiro que não me deixaram ver o corpo de minha filha, e levarem-na para o necrotério, onde a colocaram no caixão e fecharam”, contou, segundo a BBC, o pai, Fabián Verón.
 
O casal recorda ainda a alegria que teve quando percebeu que a filha estava viva. “De repente, escutei um gemido, um choro fraco, ela estava coberta por uma fina camada de gelo”, contou a mãe, Analía Bouter, reconhecendo que “a alegria de saber que estava viva apagou tudo o resto”.
 
Luz Milagros, que pesa apenas 750 gramas, encontra-se agora em terapia intensiva.

[Notícia sugerida por Sofia Baptista e Raquel Baêta]

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