Um conjunto de aquedutos com 200 quilómetros de comprimento é a principal descoberta dos arqueólogos alemães que têm vindo a estudar as minas romanas de Tresminas, em Vila Pouca de Aguiar, através de um levantamento geomagnético.
De acordo com a investigadora alemã Regula Wahl, “o sistema de instalação para a lavagem do minério é enorme e, até agora, não era conhecido no mundo romano”, explicou à agência Lusa.
Estas minas seriam, por isso, das “mais importantes” do Império Romano. O auge da exploração de ouro em Tresminas terá ocorrido durante os séculos I e II d.C e os investigadores estimam que tenha sido extraído um milhão de toneladas de material rochoso, sendo que cada tonelada teria 20 a 22 gramas de ouro.
“O povoado mineiro é muito maior que aquilo que se esperava e que foi unicamente construído por causa da exploração”, concluem os arqueólogos.
O estudo, desenvolvido desde 2007 e promovido pela Universidade de Hamburgo, a Câmara de Vila Pouca de Aguiar e a empresa municipal VitAguiar, visa ainda a “conceção do complexo mineiro romano numa visão lazer tridimensional que irá permitir uma visita virtual às cortas e galerias”, informou a autarquia de Vila Pouca de Aguiar, em comunicado.