Esta segunda-feira, no Hospital de Santarém foi colocado o primeiro 'pacemaker' capaz de monitorizar o risco de apneia do sono. Trata-se do mais pequeno aparelho do mundo e tem a capacidade de efetuar um rastreio automático dos pacientes.
Esta segunda-feira, o Hospital de Santarém colocou o primeiro 'pacemaker' capaz de monitorizar o risco de apneia do sono. Trata-se do mais pequeno aparelho do mundo e tem a capacidade de efetuar um rastreio automático dos pacientes com risco elevado desta patologia.
Com um sensor altamente fiável capaz de monitorizar os ciclos respiratórios, o novo 'pacemaker' não só trata as perturbações do ritmo cardíaco como ainda permite o controlo de episódios de apneia do sono.
Esta foi a segunda vez, em Portugal, que o inovador aparelho foi introduzido num paciente. O primeiro 'pacemaker' deste género foi no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, no passado mês de Julho.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Vítor Martins, médico cardiologista, explica que “com esta inovação, torna-se possível encaminhar, rapidamente, os doentes para um diagnóstico polisonográfico definitivo”.
“Sabe-se que os doentes com apneia do sono apresentam um risco duas a quatro vezes superior de desenvolverem arritmias, sendo a fibrilhação auricular e a taquicardia ventricular as mais frequentes. A presença de arritmias noturnas em doentes com apneia do sono pode explicar o aumento da prevalência de morte súbita descrita neste grupo de doentes”, explica o especialista.
A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por pausas da respiração com duração superior a 10 segundos e que se repetem mais de 5 vezes por hora.
Apesar de não existirem estudos de prevalência desta patologia em Portugal, tendo em conta as estatísticas internacionais, estima-se que afete cerca de 800 mil portugueses, sobretudo homens a partir dos 40 anos.
