por Márcia Moço*
Os resultados desta competição mundial vão ser anunciados no próximo dia 3 de Maio, numa gala especial realizada na cidade de Anaheim, na Califórnia. O português é candidato ao prémio de 10.000 dólares (cerca de 7.678 euros) que lhe poderá ajudar a abrir novas portas no mundo do surf.
António Silva disse ao Boas Notícias que é “um grande orgulho” estar representado num concurso onde participam surfistas de todo o planeta. “É o reconhecimento por todo o trabalho que tenho vindo a fazer ao longo dos anos”, salienta.
O surfista espera alcançar o prémio de Maior Onda, distinção atribuída na última edição (2012) ao havaiano Garrett McNamara que bateu o recorde mundial deste título, também na Praia da Nazaré, com uma onda de cerca de 34 metros. Este ano, McNamara optou decidiu não participar no prémio, segundo explicou num vídeo divulgado online, para dar oportunidade a novos surfista.
Sobre a onda de António Silva, McNamara confirmou recentemente, numa entrevista à publicação brasileira Alma Surf, que o português apanhou “uma onda gigante”. Garrett McNamara salienta a importância do jovem surfista encontrar “os patrocinadores certos” e garante que “se tivesse o patrocínio da Billabong, a fotografia teria circulado por todo o mundo”.
Foto © Ricardo Santos/Billabong – António sonha surfar ondas “mutantes” pelo mundo fora
António Silva ainda não tem patrocinadores e terá de ir à cerimónia com “dinheiro emprestado”. Ainda assim, o surfista português acredita que, depois desta nomeação internacional e de “tanto se falar” na sua onda, “venha algo de bom” não só para o surfista enquanto atleta mas também “coisas boas para Portugal”, afirma.
“Penso que só o facto de estar nomeado para as cinco maiores ondas do mundo é já uma grande vitória, tanto para mim como para a comunidade do surf e do bodyboard em Portugal. Esperemos que ganhe”, conta António Silva.
“Faço surf para ultrapassar os meus limites”
Surfista desde os oito anos de idade, António começou a sua atividade desportiva numa praia de Sintra, “campo de treino” que lhe garantiu “grandes bases para poder surfar pelo mundo fora”.
“Sou mais um amante do surf em Portugal, que acorda e respira surf todo o dia e procura adrenalina em ondas um pouco invulgares. Não faço surf para ser melhor do que alguém, apenas para me divertir ao máximo e ultrapassar os meus limites cada vez mais”, destaca António Silva.
O surfista conta que tem vindo a desenvolver a sua carreira desde a categoria de júnior, onde conseguiu alcançar “alguns títulos a nível competitivo, aos quais nada se compara a esta nomeação”. Atualmente, António Silva opta por surfar “ondas grandes e mutantes” e sonha um dia poder “andar pelo mundo fora” ao encontro delas.
*Edição e revisão de Patrícia Maia