Além da requalificação do espaço público no Intendente e Mouraria – que deve atingir um custo superior a sete milhões de euros -, António Costa pretende identificar as carências dos residentes, contando para isso com o apoio de 40 entidades.
“Não basta uma intervenção sobre o edificado para que as coisas mudem”, disse o autarca, citado no site da Câmara de Lisboa, acrescentando que o objetivo é “passar de um ciclo vicioso para um ciclo virtuoso”, onde “não se empurram os excluídos mas onde se intervém junto destes”.
Outra das medidas passa pela reanimação do comércio naquela zona, aplicando a isenção de taxas de IMI e IMT aos comerciantes. “Esta é uma zona crítica da cidade, com um enorme potencial de transformação”, refere António Costa
“Mais do que presença policial, o que dá segurança aos territórios é a sua ocupação pelas pessoas. A forma de transformar é dar confiança e segurança para que estes prédios devolutos passem a estar habitados com atividades económicas e pessoas que criem uma economia própria”, acrescenta o autarca, dizendo ainda sentir que as pessoas “estão satisfeitas com esta mudança”.
O novo espaço de trabalho de António Costa situa-se num edifício de três andares totalmente recuperado e foi concebido de forma a permitir diferentes disposições para utilizações futuras, já que o contrato de aluguer tem a duração de 10 anos e António Costa prevê regressar aos Paços do Concelho dentro de dois anos, altura em que as obras de reabilitação na Mouraria já devem “correr a bom ritmo”.