Uma empresa portuguesa, a trendypaws®, criou um conceito de coleiras com códigos QR que pode tornar mais rápida a recuperação de animais perdidos.
Os códigos QR – uma espécie de código de barras (mas aos quadradinhos) que oferece ligação a conteúdos online e pode ser lido por “smartphones” – já chegaram aos mais diversos produtos e até à calçada portuguesa. Agora, uma empresa nacional criou um conceito de coleiras com estes códigos incorporados que pode tornar mais rápida a recuperação de animais perdidos.
por Catarina Ferreira
“Quando estudei o mercado de acessórios para animais apercebi-me de que as coleiras eram todas iguais e que não havia nenhuma evolução significativa neste sector”, conta Ana Valente, diretora-executiva da trendypaws®, em entrevista ao Boas Notícias. “Foi então que me ocorreu a ideia de simplificar o processo de identificação do animal através da tecnologia dos 'QR codes' que, cada vez mais, está presente na nossa sociedade
Assim nasceram as “QR Collars”, coleiras feitas em diversos materiais, inclusive a cortiça para uma opção mais ecológica, e cada uma com o seu código QR. Esse código faz a ligação a uma página específica, especialmente desenvolvida para telemóveis, para cada animal, correspondendo a um perfil que disponibiliza os dados do animal e também os dados de contacto do dono.
“Se o animal for dado como desaparecido, qualquer pessoa que tenha um telefone com ligação à Internet poderá contactar o dono, mesmo que não tenha um leitor de códigos QR no telemóvel. Isto porque, junto ao código, está também disponível o endereço em formato 'url' do animal perdido”, explica a responsável.
Além disso, de forma totalmente gratuita, o dono pode ativar o desaparecimento e, uma hora depois dessa ativação, é enviado um e-mail para todas as instituições de animais e veterinários do distrito em causa informando que o animal está a ser procurado e permitindo que, caso este seja deixado em qualquer uma delas por quem o encontrar, o dono possa ser contactado com rapidez.
Vantagens em relação aos “microchips”
De acordo com Ana Valente, esta nova solução apresenta vantagens em relação ao tradicional “chip”, muitas vezes a opção dos donos que querem garantir que não perderão o paradeiro dos seus amigos de quatro patas. “Quem encontra um animal perdido tem sempre como primeira reação pegar na coleira e ver se tem identificação. As pessoas já estão habituadas a que a identificação esteja na coleira e, aí, já temos um ponto a nosso favor”, sublinha.
“Muitas vezes os dados do microchip estão desatualizados e obrigam a pessoa que encontrar o animal a ter de se deslocar ao veterinário para ter acesso ao contacto do dono, pois só nesses locais é possível ler a informação. Infelizmente, nem todas as pessoas têm essa disponibilidade, mas acredito que se a identificação do animal lhes fosse dada logo ao encontrarem-no, contactariam o dono prontamente”, salienta ainda.
Graças às “QR Collars”, este contacto imediato já é possível e, mesmo que por azar quem perder o seu animal não tenha disponível o número de telefone associado ao perfil (por exemplo, por ter ficado sem bateria), poderá alterar com facilidade as informações na página da trendypaws® e, dessa forma, estar sempre contactável. Tudo isto “em menos de um minuto”, garante a diretora ao Boas Notícias.
Outro dos benefícios destas coleiras inovadoras de origem portuguesa é, segundo a mentora, a presença nas redes sociais. Cada vez que um animal é dado como desaparecido, uma imagem do mesmo é colocada na página de Facebook da empresa “para que possa ser visualizada e partilhada e para que circule com mais eficácia e rapidez do que o típico cartaz no poste”.
“A juntar a estas vantagens há ainda o facto de os donos poderem oferecer uma recompensa a quem encontre o seu amigo e de, caso a pessoa que o encontre não tenha saldo no telemóvel, poder, ainda assim, enviar um e-mail diretamente do perfil”.
Uma vez que o código QR tem de ter um tamanho mínimo de 2×2 centímetros para ter legibilidade, as coleiras têm, no mínimo, três centímetros de largura, o que as torna inadequadas para gatos e para cães de pequeno porte.
Por isso, desvenda Ana Valente, a empresa oferece uma alternativa: uma chapinha de identificação – a “QR Tag” – com o código QR impresso que pode ficar presa a qualquer coleira que o animal já possua.
Um conceito para levar ao “resto do mundo”
O site da empresa e a respetiva loja online só estão a funcionar em pleno há cerca de uma semana, mas já foram vendidas “algumas” coleiras. Neste momento, estas podem ser adquiridas apenas pela Internet mas brevemente vão estar disponíveis na loja da Startup Lisboa, onde a trendypaws® está incubada, no nº 80 da Rua da Prata.
“Vamos também estar presentes na Natalis 2012, a maior Feira de Natal do país, que se realiza de 1 a 9 de Novembro na FIL, no Parque das Nações”, antecipa Ana Valente. Por enquanto, as “QR Collars” e as QR “Tags” só estão à venda em Portugal mas “o 'senhor que se segue' é o Brasil e, depois, o resto do mundo”.
As coleiras têm um custo de 29,95€ e as chapinhas de identificação custam 6,95€ sendo que, caso o dono queira personalizar a mesma com a colocação de um número de telefone, acrescem 5 euros a este último valor. “De resto, todo o serviço é gratuito. Sempre. Basta pagar o preço da coleira ou da chapa”, conclui Ana Valente.
Clique AQUI para aceder ao site oficial (e loja) da trendypaws® e AQUI à página da empresa no Facebook.