A "Campanha de Redução Acelerada da Mortalidade Materna e Infantil", realizada em Angola, mereceu as felicitações da ONU pela melhoria verificada na proteção da saúde materno-infantil.
A “Campanha de Redução Acelerada da Mortalidade Materna e Infantil”, realizada em Angola, mereceu as felicitações da ONU pela melhoria verificada na proteção da saúde materno-infantil. Os resultados do Indicador de Bem-estar da População (IBEP), agora divulgados em Luanda, pelo Ministério do Planeamento indicam que, desde 2002, o país registou “resultados significativos” ao nível da saúde materna e infantil.
Segundo o estudo, o nível de mortalidade de crianças menores de cinco anos passou de 250 para 195 mortes por mil nascimentos.
Os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que, no mesmo período, a mortalidade materna passou de 1.400 para 660 mortes por 100.000 grávidas.
Apesar dos resultados animadores, as Nações Unidas, consideram que esta situação “é ainda inaceitável”, já que coloca Angola “ao mesmo nível de países menos desenvolvidos, com um crescimento per capita abaixo da média dos países em vias de desenvolvimento”.
Em nota de imprensa, as Nações Unidas em Angola pedem às autoridades governamentais angolanas que a proporção do Orçamento Geral do Estado dedicado à saúde passe de 6.4 para 15 por cento, por forma a assegurar uma maior cobertura da população.
O coordenador interino da ONU em Angola, Koen Vanormelingen, pediu mais intervenção de alto impacto e que se assegurasse o acesso aos bens essenciais, em particular, “o acesso universal ao parto acompanhado por pessoal qualificado, para reduzir a mortalidade materna e neonatal”.