Este foi um dos 23 patos que o grupo equipou com um transmissor, em dezembro de 2009. As restantes aves perderam o transmissor e alguns foram mortos por caçadores. Segundo a BBC, o WWF usou a ferramenta Google Earth para acompanhar o percurso de regresso à reserva natural Mai Po, em Hong Kong.
O transmissor indicou que a pata deixou a reserva a 25 de fevereiro, passou pelo nordeste da China e pela Coreia do Sul e chegou Circulo Polar Ártico em meados de junho, onde ficou durante 3 meses provavelmente para procriar.
Em setembro, iniciou a viagem de regresso, passando pela Rússia e pelo Japão antes de voltar a casa pelo Natal. Viajando a uma média de 50 km/hora, a pata chegou a percorrer 1700 quilómetros em 3 dias.
Katherine Leung, uma especialista do WWF de Hong Kong, disse ao jornal China Morning Post, que este projeto recolheu importantes informações sobre a migração das aves.
“Durante a migração, os patos enfrentam muitas ameaças, como predadores naturais, doenças, caçadores”, explica. Outra situação preocupante, segundo a responsável, é a ação humana que muitas vezes destrói o habitat natural destas aves, como os pântanos e lagos. “Conhecermos a sua rota de migração vai-nos permitir protegê-los melhor no futuro”, conclui.
O WWF e seus parceiros, incluindo o US Geological Survey (o serviço geológico dos Estados Unidos), estudam migrações e doenças aviárias.