Durante a investigação, foram acompanhadas cerca de seis mil pessoas que tinham nascido em 1982, às quais também tinha sido recolhida informação sobre a sua amamentação e o tempo que ela durou. No ano em que estes participantes celebraram o seu 30º. aniversário, em 2012, o grupo foi submetido a um teste de Quociente de Inteligência (Q.I).
Mais tarde, estes resultados foram cruzados com a informação relativa ao tempo de que durou a amamentação de cada um, com base em aspetos como a escolaridade dos pais, a duração da gravidez, peso de nascimento, a idade que a mãe tinha quando engravidou, entre outros.
A conclusão é que aqueles que tomaram leite materno durante mais tempo (12 meses) se tornaram adultos mais inteligentes e bem sucedidos.
“O nosso estudo mostra que amamentar durante mais tempo não só aumenta a inteligência mas também ajuda a ter impato em níveis sociais e individuais, uma vez que estas pessoas têm maior predisposição para aprender e estudam mais anos”, explica um dos responsáveis pelo estudo, Bernardo Lessa Horta, citado no comunicado da Universidade.
Outra das conclusões é que os bebés alimentados com leite materno por um período de 12 meses ano têm um quoficiente de inteligência mais elevado, mais anos de escolaridade e ainda um salário maior do que aqueles que cuja amamentação durou menos um mês, por exemplo.
Os investigadores acrescentam que esta ligação entre a inteligência e a amamentação se deve à presença de ácidos gordos no leite materno, essenciais para o desenvolvimento do cérebro.
Bernardo explica ainda que os participantes eram provinientes de diversas classes sociais e de famílias com diferentes graus de escolaridade.
“Já se conheciam os efeitos da amamentação no desenvolvimento da inteligência das crianças, mas dos adultos ainda não”, acrescenta o responsável.
Notícia sugerida por Maria Pandina e António Resende