O diretor do projeto de investigação, Alberto Rábano, explicou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que o estudo visa encontrar a proteína TAU, que é “muito abundante” no sistema nervoso e está relacionada com o “envelhecimento cerebral”, servindo como um “biomarcador” da doença de Alzheimer, noticia a agência Efe.
Desta forma, poderão, em breve, ser evitados métodos mais agressivos para a deteção desta proteína, como a punção lombar para retirar líquido cefalorraquidiano, que apresenta “riscos” embora seja um método comum nas investigações realizadas em países do norte da Europa.
O investigador explicou que a investigação parte da hipótese de que nas lágrimas se pode estudar essa proteína, comparando-a em pessoas em estados menos avançados de patologias demenciais com outras em estados intermédios ou em situação extrema da doença.
Com este estudo, podemos começar a perceber “que grupos populacionais estão em risco”, disse o diretor da investigação, sublinhando que o objetivo não é estabelecer medidas preventivas. A deteção precoce permite um tratamento mais eficaz evitando alguns dos dados cerebrais causados pela doença.
Os resultados do estudo seriam adicionados a outras formas de encontrar os primeiros sintomas que podem resultar no aparecimento de Alzheimer, como a análise genética, a fim de saber que tipo de população apresenta mais riscos.
Até agora, sabe-se que as pessoas com mais de 65 anos têm mais probabilidades de apresentar a doença – com predominância na população feminina.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes