Beber um litro de água mineral rica em sílica diariamente pode prevenir o declínio cognitivo dos doentes de Alzheimer, ajudando a remover o alumínio do organismo, concluiu um estudo britânico.
Beber um litro de água mineral rica em sílica diariamente pode prevenir o declínio cognitivo dos doentes de Alzheimer, ajudando a remover o alumínio do organismo. A conclusão é de um estudo britânico cujos resultados são considerados “surpreendentes”, já que podem trazer uma nova esperança no combate ao problema.
A equipa de investigadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, estudou 30 voluntários – 15 homens e 15 mulheres – com Alzheimer. Os participantes beberam um litro de água mineral da marca malaia Spritzer, que apresenta uma elevada concentração de sílica, todos os dias durante 13 semanas. A maioria dos envolvidos não mostrou qualquer novo sinal de deterioração cognitiva depois da experiência e, em três dos doentes, observou-se até uma melhoria na saúde mental.
Citado pelo Daily Mail, Christopher Exley, que coordenou a investigação, explicou que esta incidiu sobre duas questões diferentes. “Primeiro focámo-nos no facto de a ingestão deste tipo de água remover o alumínio do corpo, limpando o sangue, e depois analisámos as capacidades cognitivas dos pacientes com Alzheimer e tentámos perceber se estas se tinham alterado com a redução dos níveis de alumínio”, esclareceu o especialista.
“O mais interessante é que, de facto, testemunhámos a existência de uma relação potencial entre a remoção do alumínio e uma melhoria na função cognitiva. É muito improvável ver este tipo de mudança num período de tempo tão curto, pelo que a observação das alterações foi uma grande surpresa”, confessou Exley.
Próximo objetivo é reduzir o risco de vir a sofrer da doença
No decorrer do estudo, os pacientes que seguiram a “terapia da água” beneficiaram de uma enorme redução nos níveis de alumínio no organismo – a diminuição foi, no mínimo, de 50% e, nalguns casos, chegou mesmo aos 70%. Depois, os voluntários foram avaliados através de um método comum de diagnóstico, que inclui 'jogos' de memória e tarefas simples como desenhar um relógio, algo que pode ser difícil para pessoas cuja função cognitiva está a deteriorar-se.
“Vimos melhorias em alguns casos, uma manutenção da situação noutros e, numa menor percentagem dos pacientes, a degradação continuou”, apontou o cientista, sublinhando que a ingestão de um litro de água é mais eficaz se esta for ingerida gradualmente em vez de ser bebida de uma só vez em grandes quantidades.
Agora, adiantou Exley, a equipa pretende desenvolver estudos mais aprofundados com o objetivo de compreender se será possível reduzir o risco de Alzheimer nas pessoas predispostas a vir a sofrer da doença.
“São pessoas com uma idade que se situa, normalmente, entre os 40 e os 60 anos. Se conseguíssemos com que incluíssem a água mineral rica em sílica nas suas dietas no futuro e diminuir o perigo de virem a sofrer da patologia seria fantástico”, concluiu.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês) publicado na revista científica Journal of Alzheimer's Disease.
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