O sabor da alheira de Mirandela pode, agora, passar a ser incluído no menu dos doentes com insuficiência renal sem compromissos para a saúde. Uma empresa regional "reformulou" este enchido típico português e criou uma versão mais saudável.
O sabor da alheira de Mirandela pode, agora, passar a ser incluído no menu dos doentes com insuficiência renal sem compromissos para a saúde. Uma empresa regional “reformulou” este enchido típico português e criou uma versão mais saudável da alheira para pacientes em hemodiálise.
A “Alheira Adaptada a Doentes em Hemodiálise” nasceu pela mão da companhia médica TECSAM e do seu Centro Renal de Mirandela em colaboração com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), que lançou um projeto que resultou “na recuperação, reformulação e adaptação da tradicional alheira”.
A equipa da faculdade envolvida no projeto, coordenado pela investigadora Olívia Pinho, adaptou as caraterísticas nutricionais do produto para o tornar mais “saudável e sustentável”, respeitando, ao mesmo tempo, “a cultura e a tradição” e “preservando e valorizando o património gastronómico regional”.
Numa nota de imprensa, a FCNAUP explica que, como é habitual, a nova alheira é preparada com carne de aves da região mas que, para diminuir os malefícios para a saúde e para um toque especial, a banha e o sal, dois dos ingredientes da receita, são substituídos por especiarias e ervas aromáticas.
Esta alheira adaptada vai ser produzida e comercializada pelas empresas portuguesas Alheiras Angelina e Topitéu, tendo os investigadores contado com o apoio do 'chef' Eurico Castro para a sua confeção.
Além da transformação do enchido regional, o projeto traduziu-se, também, na criação de ementas adaptadas a doentes com insuficiência renal que vão estar disponíveis em três restaurantes de Mirandela. São eles o restaurante Adega, O Grês e Pomar.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes, Maria Pandina e David Ferreira