Segundo informação avançada pela Nasa no início deste ano, durante os primeiros quatro meses de órbita, o telescópio espacial Kepler identificou 1.235 planetas potencialmente habitáveis.
Desse total de planetas, os astrónomos da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), escolheram os 86 mundos mais parecidos com a Terra, para ver se conseguem detectar sinais de civilização.
A pesquisa arrancou no sábado, dia 8 de maio, quando o telescópio Green Bank – o maior rádio-telescópio direcionável do mundo – recolheu dados, durante uma hora, de oito sistemas solares com planetas potencialmente habitáveis.
Durante os próximos dois meses, o telescópio Green Bank vai sondar, os astros da pesquisa Kepler que têm mais probabilidade de serem habitáveis, ou seja, os planetas cuja temperatura de superfície permite que a existência de água em forma líquida.
“Escolhemos os planetas com temperaturas agradáveis – entre zero e 100 graus Celsius -, porque eles são muito mais propensos a abrigar vida”, disse o físico Dan Werthimer, coordenador do programa Search For Extraterrestrial Inteligence (SETI, Procura de Vida Inteligente extraterrestre, em português), citado pela Associated Press.
Qualquer um pode ajudar
Assim que os astrónomos de Berkeley tiverem captado 24 horas de dados, de um total de 86 planetas como a Terra, será realizada uma análise preliminar. Em seguida a informação será encaminhada para cerca de um milhão de utilizadores do software SETI@home que, mesmo sem se aperceberem, ajudarão a realizar uma detalhada análise através dos seus computadores pessoais.
E qualquer pessoa interessada pode contribuir para esta pesquisa. Para isso basta instalar, num computador com ligação à internet, o software SETI@Home, um programa que funciona apenas quando os utilizadores não estão a usar o PC.
O SETI@Home tem um funcionamento bastante simples: os dados reunidos em Berkeley são armazenados e classificados por data, hora e coordenada de localização do sinal. Depois, os dados são divididos em pequenos pedaços e distribuídos pelos computadores onde o Seti@Home está instalado. No fim do processo, os computadores pessoais enviam os analisados de volta aos astrónomos de Berkeley.
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