Um projeto desenvolvido por um português que utiliza o GPS para detetar árvores, como oliveiras e sobreiros, que estão prontas para a colheita, dando ao agricultor a hipótese de operar de forma mais eficiente, acaba de ser premiado a nível europeu.
Um projeto desenvolvido por um português que utiliza o GPS para detetar árvores, como oliveiras e sobreiros, que estão prontas para a colheita, dando ao agricultor a hipótese de operar de forma mais eficiente, acaba de ser premiado a nível europeu.
Manuel Penteado, aluno de mestrado do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, conquistou o 3.º lugar do prémio europeu de agricultura por satélite “Farming by Satellite” promovido pela Agência do GNSS Europeu, entidade responsável pelas atividades de navegação por satélite na Europa.
“Desenvolvemos um estudo de deteção remota para o montado de sobro através do cálculo do índice de vegetação e obtivemos bons resultados na gestão. A partir dessa base, [trata-se de] transformar, na prática, como seria para os agricultores a operação da colheita”, contou, em declarações à Lusa, o estudante premiado.
De acordo com Manuel Penteado, depois de detetadas remotamente, através de sensores montados em aviões, as árvores já preparadas para a colheita, o agricultor pode definir um percurso e não perder tempo no seu trabalho de recolha mecanizada ou manual.
“O objetivo foi detetar áreas prontas para serem colhidas e tornar o processo mais eficiente” por intermédio da criação de roteiros específicos, esclareceu o aluno do ISA, acrescentando que a ideia proposta pode trazer vários benefícios.
Entre estes benefícios está a redução dos custos de colheita, a melhoria da qualidade e valorização do produto final, a diminuição do impacto ambiental da atividade agrícola com a otimização do trajeto das máquinas agrículas e o encurtamento do período de colheita.
Embora a solução tenha sido desenvolvida para olival e montado de sobro, Manuel Penteado assegurou que “é possível alargá-la a outras espécies como nogueiras ou amendoeiras” e realçou que, por exemplo, “para o norte de África, [esta] seria uma ferramenta muito útil”.
A Agência do GNSS Europeu, organização que premiou o trabalho de investigação do português, poderá, de futuro, contribuir com ajuda logística para concretizar o projeto.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca