A taxa de infeção do vírus da Sida caiu mais de 25% nos últimos oito anos, em 22 países da África sub-sariana, a região do planeta mais afectada pelo HIV. O sucesso deve-se à maior prevenção e aumento do uso dos métodos contraceptivos
A taxa de infeção do vírus da Sida caiu mais de 25% nos últimos oito anos, em 22 países da África sub-sariana, a região do planeta mais afectada pelo HIV. O sucesso deve-se à maior prevenção e aumento do uso dos métodos contraceptivosOs países mais afetados pela epidemia da sida no mundo – os africanos Costa do Marfim, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue – foram os que registraram as maiores quedas nos números de novos casos entre 2001 e 2009.
Mas todas as 22 nações da África Subsaariana registaram um declínio de mais de 25% dos casos de infecções no período. “É a primeira vez que isso acontece no coração da epidemia”, comemorou o diretor executivo da ONUSIDA, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que trata do tema, Michel Sidibé, durante a divulgação dos dados em Genebra (Suíça).
“Agora vemos esperança onde o HIV só roubava sonhos”, acrescentou. Cerca de 70% dos infectados de todo mundo vivem na África Subsaariana. Em 2008, 72% das mortes foram registradas neste conjunto de países e 14 milhões de crianças perderam o pai e a mãe por causa da sida. Na Suazilândia, por exemplo, a expectativa de vida caiu pela metade entre 1990 e 2007, para 37 anos de idade, por causa da doença.
Segundo a organização, são os jovens que estão a liderar esta revolução na prevenção do vírus: “escolhem ter relações sexuais mais tarde, com menos companheiros e utilizando preservativos”.
No entanto, a ONUSIDA alertou que esta redução não se está a verificar na Europa Oriental e Ásia Central, onde o vírus se continua a expandir.
[Notícia sugerida pela utilizadora Céu Guitart]