A investigação do Centro Agroflorestal Mundial foi desenvolvida em cinco países do continente africano – Malawi, Tanzânia, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe – e provou que estes campos de árvores fertilizantes têm ainda a vantagem de ajudar a travar as alterações climáticas em regiões aráveis.
Frank Place, um dos autores do estudo, explicou à BBC que “a gestão dos solos pobres em África é um problema que está a afectar a população local”, pelo que se torna necessário encontrar alternativas aos fertilizantes químicos, pouco apreciados pelos agricultores africanos e, por vezes, demasiado caros.
Uma das soluções passa por conciliar as árvores que deverão ser plantadas com as próprias culturas para aumentar a quantidade de nutrientes no solo. “Há alguns erros na gestão do espaço, o que faz com que as culturas e as árvores entrem em competição pela luz solar, o que é pouco saudável”, apontou o investigador, que defende que podar as árvores na altura da plantação das culturas poderá ajudar.
Outro desafio é fornecer aos agricultores sementes suficientes para conseguir uma plantação de árvores em larga escala. Sementes de alta qualidade, associadas ao compromisso e dedicação da comunidade local, são um elemento importante para obter melhores solos.
De acordo com Frank Place, as perspetivas são animadoras: onde os cientistas tentaram implementar o novo sistema, os campos têm evidenciado melhorias.
Nas zonas em que isso ainda não aconteceu, a equipa tentará agora moldar o método para adaptá-lo mais eficazmente às condições locais.
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[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]