A mutilação genital feminina, prática comum como ritual de passagem em muitos países de África, Ásia e Médio Oriente, está a diminuir em vários países africanos, em especial no Quénia, Etiópia, Sudão e Egito, conforme revela um estudo apresentado esta semana pelo Centro de Pesquisa Innocenti, da UNICEF.
“Há várias comunidades em África que estão a abandonar a mutilação genital feminina/excisão, apesar de fortes pressões sociais no sentido contrário”, congratularam-se os autores do estudo.
De acordo estes responsáveis, as campanhas educacionais têm surtido os efeitos desejados ao alertar a população que esta prática é considerada uma violação grave dos direitos humanos e representa um risco de saúde elevado.
O estudo mostra assim descidas significativas em quatro dos países, da percentagem de mulheres com idade entre os 15 e 49 anos.
Os números desceram no Egito, de 82% em 1995 para 63% em 2008, no Sudão de 79% em 1990 para 51% em 2006, na Etiópia de 60% para 31% entre 2000 e 2005, no Quénia, de 20% para 9,0% , numa década.
“A decisão de uma família praticar ou abandonar a mutilação genital feminina/excisão é influenciada por recompensas e sanções que são socialmente poderosas,” explicou Gordon Alexander, diretor em exercício do Centro de Estudos Innocenti, citado pela Sic Online.
Os técnicos da UNICEF sustentam que os programas de abandono com maior sucesso “envolvem membros respeitados da comunidade, incluindo líderes religiosos e locais, e mobilizam redes sociais e instituições” com peso para influenciarem o resto da comunidade.
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