Mais de 150 voluntários participaram, este domingo, numa ação de limpeza na orla costeira da Ilha do Faial, nos Açores. A intervenção dos cidadãos permitiu recolher cerca de quatro toneladas de lixo.
Mais de 150 voluntários participaram, este domingo, numa ação de limpeza na orla costeira da Ilha do Faial, nos Açores. A intervenção dos cidadãos permitiu recolher cerca de quatro toneladas de lixo, entre plásticos, pneus, metais e até resíduos volumosos como os denominados 'monos' domésticos.
A iniciativa foi organizada por meio das redes sociais, onde foi criado o grupo “No More Plastic Bags for the Azores”, que se diz preocupado com o “uso abusivo” de sacos plásticos naquele arquipélago português.
Em declarações à Lusa, Carla Dâmaso, uma das promotoras desta ação, disse que “as pessoas não têm noção da quantidade de sacos plásticos que utilizam no dia-a-dia” e defendeu ser necessário educar os cidadãos para a utilização de uma alternativa ao plástico.
Isto porque a ação de limpeza, que decorreu em 10 locais distintos da Ilha do Faial, contribuiu para confirmar que os sacos de plástico continuam a ser dos resíduos mais abundantes e mais frequentemente encontrados junto ao mar.
“Em apenas duas horas recolhemos 178 sacos de lixo, a maioria do qual era plástico”, sublinhou Carla Dâmaso, acrescentando que muitos dos plásticos recolhidos foram utilizados pelos agricultores da Ilha para fazer silagens (rolos de erva para alimentar o gado).
Além disso, os voluntários encontraram ainda na costa cerca de meia tonelada de pneus e uma grande quantidade dos chamados 'monos' ou 'monstros' (nomeadamente máquinas de lavar roupa e fogões), que estão agora amontoados no Largo do Infante, no centro da cidade da Horta, como forma de sensibilizar a população.
Carla Dâmaso mostrou-se satisfeita com os resultados da campanha, que vai repetir-se nos próximos anos, mas realçou que é ainda necessário reforçar a limpeza em alguns locais específicos do Faial.
“A zona do Pasteleiro, por exemplo, continua suja, apesar do número de pessoas envolvidas e da quantidade de lixo que recolhemos”, assinalou a organizadora, prometendo efetuar, em breve, uma nova ação de limpeza, de menor dimensão, centrada apenas naquela zona da costa.
Além dos cidadãos em nome individual, a campanha, que, no entender da organização, foi “um sucesso”, contou também com a colaboração de várias instituições públicas da ilha.