Para assegurar a conservação das bananeiras da ilha Terceira, a Universidade dos Açores criou um projeto que permite a reprodução daquelas espécies in vitro. O AGRIOMAC prevê a seleção das plantas mais produtivas entre as cerca de meia centena já ced
Para assegurar a conservação das bananeiras da ilha Terceira, a Universidade dos Açores criou um projeto que permite a reprodução daquelas espécies in vitro. O AGRIOMAC prevê a seleção das plantas mais produtivas entre as cerca de meia centena já cedidas pelos produtores locais. O investigador David Horta Lopes frisa a importância de “identificar as plantas de banana locais para efetuar a sua caracterização genética, determinar as características que tenham interesse e asegurar que não venham a ser substituídas por plantas importadas, nomeadamente da Madeira e Canárias”, refere em declarações ao Diário dos Açores.
Reconhecendo que as espécies de bananeiras originárias da Madeira e das Canárias são mais produtivas em quantidade, David Horta Lopes ressalva que a banana da ilha Terceira “é mais saborosa”, porque “embora mais pequena, é mais adocicada”.
As plantas escolhidas pela equipa do AGRIOMAC serão multiplicadas in vitro. Posteriormente, alguns exemplares serão cedidos para serem usados em novas plantações.
David Horta Lopes adianta ainda que será avaliada “a atividade oxidante e o conteúdo de flavanóis”, componentes naturais que inibem o chamado “colestrol mau”, o Low Density Lipoprotein.
O final dos trabalhos está previsto para 2011. A Cooperativa de Hortofruticultores da Ilha Terceira (FRUTER) é a entidade parceira da Universidade dos Açores para este projeto, cujo financiamento é assegurado pelo programa Interreg III/B – Madeira, Açores e Canárias – Cooperação Transnacional.