“Há roupa desde recém-nascido até à idade adulta. Os preços não passam dos 2,50 euros, mas temos peças a 10, 50 e 60 cêntimos”, explicou à Lusa a ajudante sociofamiliar do Centro de Atendimento e Acompanhamento Psicossocial rural do Patronato de S. Miguel.
De acordo com Sónia Dias, os artigos são maioritariamente “doados pela população”, mas o comércio local também tem dado uma ajuda. “Há peças novas doadas por lojas por já serem de outras estações”, acrescentou.
Desde 10 de Outubro que uma das salas do centro social e paroquial Nossa Senhora dos Milagres se transformou numa autêntica “boutique”, que oferece aos clientes fatos completos, vestidos de noite, camisolas de lã, casacos de ganga e calças, mas também meias, lenços, roupa interior e até sapatos – tudo isto vendido por um valor simbólico.
Em tempos difíceis – Sónia Dias dá como exemplo a existência de “casos de marido e mulher desempregados” – a loja comunitária surge como um apoio para as famílias em situações de carência e como uma forma de disponibilizar roupa a quem mais precisa sem a necessidade de grande despesa.
A loja, que funciona às segundas, quartas e sextas-feiras entre as 09.30h e as 15.00h, tem registado grande afluência. O atendimento ao público está a cargo de duas beneficiárias do rendimento social de inserção.
O presidente da Junta dos Arrifes, já se mostrou muito agradado com o projeto. Segundo Eusébio Massa, “cada vez mais são necessárias iniciativas do género, uma vez que a conjuntura económica é grave”, o que faz com que a loja tenha “extrema importância para a comunidade”.