"A Arte da Terra" é uma exposição incontornável sobre as raízes e influências do Fado na sociedade portuguesa com peças de vários artistas contemporâneos.
“A Arte da Terra” é uma exposiçã incontornável sobre as raízes e influências do Fado na sociedade portuguesa com peças de vários artistas contemporâneos. “O fado nasceu um dia / em que o vento mal bulia / E o céu o mar prolongava / Na amurada de um veleiro / no peito de um marinheiro / que estando triste cantava”.
Rezava assim o poema de José Régio no início dos anos 40, quando para trás ficava já mais de um século de historia e de estórias do Fado; uma canção urbana que cruzava os extremos sociais de uma cidade virada para o mar.
O caminho até ao início do século XXI foi traçado pela vida, pela voz e pela alma de nomes maiores de uma canção plena desentimentos – para muitos, estranhos – que Amália internacionalizou a meio do século passado e que hoje diferentes gerações cantam, num mundo cada vez mais global, mas com uma alma muito portuguesa. A ponte entre tradição e modernidade a colocar o Fado na primeira linha da cultura portuguesa no mundo.
E porque o Fado integra de forma definitiva a essência de ser português, “A Arte da Terra” – como espaço dedicado à cultura portuguesa – desafiou cerca de duas dezenas de artistas contemporâneos a darem asas à sua imaginação e talento.
O resultado – tão inesperado quanto fascinantemente criativo – pode ser visto nesta exposição patente na Rua Augusto Rosa, 40, ao lado da Sé de Lisboa, de 1 de abril a 2 de maio de 2010. “A Arte da Terra” conta com a colaboração do Museu do Fado.