A nova técnica de monitorização hemodinâmica não-invasiva, para análise da atividade do coração e artérias, demorou quatro anos a concluir e vai entrar em testes clínicos nas próximas semanas no Centro Hospitalar de Coimbra, nos Hospitais da Universidade de Coimbra e em unidades clínicas privadas da cidade.
Segundo Carlos Correia, coordenador da investigação, a técnica “vem acrescentar uma informação que não está contida em nenhum dos métodos clássicos mais conhecidos” (como o eletrocardiograma, a medição da pressão arterial ou a ecografia), permitindo medir a “velocidade de onda de pulso” de forma não invasiva.
“Vai focar-se num parâmetro a que os médicos começaram a dar uma grande importância em diagnóstico, de há uns anos a esta parte, que é a velocidade de onda de pulso e que tem a ver com a velocidade a que a onda de pressão se propaga no sistema cardiovascular”, explicou à agência Lusa.
Segundo o investigador, esta onda de pressão “propaga-se a velocidades diferentes conforme o indivíduo está são ou doente”, sendo que, genericamente, “quando se propaga depressa demais é porque está doente”.
A distensão da artéria provocada pela passagem da onda de pressão é mensurável no exterior e, no caso da técnica premiada, isso é feito “usando sensores óticos, a reflexão da luz” num local do corpo onde passe perto da superfície, como a carótida, no pescoço.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]