“A descoberta destes exemplares é absolutamente notável, por se tratar de uma coleção raríssima, havendo poucos exemplares do século XVIII de peixes do Brasil, montados deste modo, em todo o mundo”, revela o museólogo, Pedro Casaleiro, que a descobriu no âmbito do levantamento em curso das colecções da Universidade de Coimbra.
Uma parte do espólio agora encontrado será apresentada publicamente no auditório do Laboratório Chimico na próxima quarta-feira.
“Além de abrir uma nova perspetiva quanto ao estudo e conhecimento das recolhas deste naturalista, é uma importante descoberta para a história natural em Portugal, para a história da ciência e para o estudo da biodiversidade”, realça Paulo Gama Mota, diretor do Museu da Ciência da UC, citado em comunicado.
Alexandre Rodrigues Ferreira, segundo a mesma nota, protagonizou “uma das mais notáveis e prolongadas expedições de naturalistas” realizadas durante o século XVIII, procurando o conhecimento científico e sistemático da natureza exótica que então se descobria.
As coleções enviadas para Portugal foram “alvo de muitas vicissitudes”. Encontram-se dispersas por várias instituições, incluindo uma parte levada para Paris durante as invasões francesas.
Das coleções do naturalista enviadas para Coimbra apenas está bem estudada a “excelente colecção etnográfica dos índios da Amazónia”, refere o Museu da Ciência da UC.
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