Ambas as associações esperam que o simbolismo da classificação desta espécie reforce o reconhecimento da importância do sobreiro para o nosso país e se encontrem de forma mais eficaz soluções para os problemas que afetam esta espécie e os setores de atividade a ela ligados.
Em comunicado a AP e a ATP justificam com o facto de o sobreiro ocupar perto de 737 000 hectares em território nacional continental, desde o Minho ao Algarve. O sobreiro ocupa assim 32% da área no Mediterrâneo Ocidental.
Além da importante biodiversidade associada aos montados, o sobreiro ajuda a travar a desertificação do solo e a gerar receitas da exploração da cortiça. Segundo os responsáveis pela iniciativa, o país produz cerca de 200 mil toneladas de cortiça por ano, mais de 50 %do total mundial.
O sobreiro está protegido por lei desde maio de 2001, mas Miguel Rodrigues considerou ao jornal Público que “a legislação por si só não tem conseguido travar o declínio do sobreiro. Há sempre exceções que se abrem na lei, ao sabor das decisões que vão sendo tomadas”.
Segundo os dados da Autoridade Floresta Nacional relativos a 2008, existem 41 sobreiros classificados como árvores de interesse público. O sobreiro mais antigo e o maior situa-se em Pai Anes, Castelo de Vide e estima-se que terá cerca de 500 anos.