Portugal teve uma significativa margem de progressão na cooperação entre universidades e empresas, mas continua abaixo da média europeia. As conclusões estão no estudo “Estado da Cooperação Universidade-Empresa na Europa”, agora publicado pela Comissão Europeia e que em Portugal foi coordenado pela TecMinho, interface da Universidade do Minho. O trabalho incluiu um inquérito realizado em 2016-17 em 33 países, tendo 1200 das 17.410 respostas sido de instituições de ensino superior e empresas lusas.
Mais de 60% dos docentes e investigadores portugueses inquiridos admitiram não estar envolvidos em atividades conjuntas com empresas. No entanto, mais de 80% assumiram que esperam aumentar as suas atividades nesse sentido, demonstrando um “forte compromisso” na cooperação. Do lado das empresas, demostraram um envolvimento “moderadamente elevado” a contribuir na investigação. Todavia, raramente intervêm na elaboração dos currículos académicos e têm uma baixa participação nos sistemas de governação das universidades.
Apesar da nota global abaixo da média europeia, os académicos e empresários ativos neste âmbito mostraram-se satisfeitos com a colaboração desenvolvida e recomendam-na a parceiros. As empresas apontaram como principais motivos o reforço da capacidade de inovação e o acesso a novas tecnologias e conhecimentos. Já as universidades valorizaram o potencial que a relação pode representar na melhoria das suas atividades de investigação, ensino e interação com a sociedade.
Para tal, considera o estudo, é necessário superar as barreiras apontadas, como a falta de financiamento, o tempo escasso das academias para atividades com a comunidade empresarial ou a perceção que existe de cada lado sobre os horizontes temporais.
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