As ervas aromáticas, para além de estarem bem enraizadas na cultura portuguesa, são utilizadas na alimentação, como também para fins medicinais e aromáticos. A salicórnia, apesar de ser abundante nas zonas da Ria de Aveiro e Ria Formosa, é menos conhecida, mas tem entrado nas casas de muitos portugueses e suscitado muita curiosidade. Para aconselhar o uso das ervas aromáticas e da salicórnia, a Associação Portuguesa de Nutrição lançou um conjunto de recomendações sobre o que são, como utilizar no dia-a-dia e como tirar o maior proveito destas ervas que tanto nos têm para dar. As recomendações estão disponíveis no E-Book “Aromatizar Saberes: Ervas Aromáticas e Salicórnia” elaborado pela APN.
As ervas aromáticas são familiares e conhecidas desde tempos remotos e têm características medicinais como aromáticas, devido às suas propriedades. Na Dieta Mediterrânica, a presença das plantas aromáticas é quase obrigatória e, graças às condições climatéricas, Portugal insere-se numa região onde se pode encontrar plantas aromáticas tão distintas, como alecrim, orégãos, menta, tomilho, salsa, coentros, criando uma diversidade de sabores e aromas que são característicos da zona do Mediterrâneo.
Nas palavras de Helena Real, secretária-geral da APN “Atualmente, ter uma alimentação saudável não quer dizer comer comida sem sabor. As ervas aromáticas e a salicórnia têm um papel importante nesta parte. Pequenos passos durante a confeção dos nossos pratos podem fazer a diferença e transformar uma refeição numa verdadeira experiência de sabores. Colocar um pouco de orégãos no queijo fresco, um pouco de coentros num prato de peixe, cebolinho numa sopa ou juntar salicórnia numa salada são alguns exemplos de como é fácil inserir ervas aromáticas na alimentação. Sendo que os portugueses consomem mais sal do que deviam, as ervas aromáticas e a salicórnia são benéficos para a redução do sal”.
Para se tirar o maior proveito das ervas aromáticas e salicórnia, a APN dá alguns conselhos de consumo no seu e-book:
- Selecionar a erva aromática em função da preparação culinária e dos gostos pessoais;
- Ter sempre em atenção o prazo de validade especificada no rótulo;
- Antes de utilizar, perceber quais são as características de cada erva aromática
- Desprezar as folhas que estão mais deterioradas, evitando as partes das ervas que estão murchas ou com alteração de cor
- Lavar muito bem as ervas aromáticas frescas para tirar impurezas. Caso compre ervas aromáticas já embaladas e que tenham indicação que foram lavadas, não necessita de lavar uma segunda vez.
- Durante a confeção dos pratos, é preferível utilizar no início e durante a preparação ervas aromáticas já secas. As ervas aromáticas frescas devem ser utilizadas no final da cozedura para se beneficiar do máximo possível de componentes nutricionais.
Estas e mais recomendações podem ser consultadas no e-book “Aromatizar Saberes”, disponível no site da Associação Portuguesa de Nutrição em: www.apn.org.pt