Susana (nome fictício) é uma das jovens que encontrou abrigo da casa da Socialis. Aos 19 anos soube que estava grávida e nem o companheiro nem a mãe lhe deram apoio.
Vendo-se desempregada e sem alternativas, Susana foi recebida pela Socialis.
“No Natal [o meu filho] começou a dar os primeiros passos. Tem dois anos e nem parece o mesmo”, sublinha, convicta de que é graças à ajuda das técnicas daquela instituição que finalmente consegue ver-se “sozinha com o filho”, confessa ao Jornal de Notícias (JN).
Consciente que precisa de completar a sua formação para poder garantir uma situação laboral mais estável, Susana está a terminar a escolaridade obrigatória e procura emprego, através da validação de competências.
Contudo, estas ajudas da Socialis estão em risco, uma vez que a Segurança Social não concede ajudas financeiras desde maio, quebrando assim o protocolo firmado entre as duas entidades. A associação recorreu, por isso, a um empréstimo, para poder garantir a proteção das jovens que assiste.
“Temos vários pedidos de entrada para a vaga que existe na casa. Mas enquanto a situação não se resolver não podemos acolher a quinta jovem”, clarifica a direção da Socialis ao JN, acrescentando que “as despesas da casa, no mês passado, já foram pagas com o dinheiro do empréstimo. Vamos ver se o empréstimo chega para este mês. Estamos mesmo aflitos. Se não entrar rapidamente dinheiro, não conseguiremos continuar a acompanhar estas jovens”.