Em novembro de 2014 o Conselho de Ministros português deu luz verde a um regime que liberalizou o período de saldos, sejam pós-natalícios ou no verão, regulando apenas que podem ter a duração de quatro meses por ano, devidamente escolhidos por retalhistas e comerciantes. Assim, o tradicional início dos saldos de inverno no dia 28 de dezembro foi substituído por uma intensa semana após o Natal, em centros comerciais e grandes superfícies, mas também lojas tradicionais e plataformas online, que se enchem de consumidores, ávidos por adquirir bens e serviços por valores bem abaixo do habitual.
Este ano, 25% dos consumidores nacionais esperaram pelas promoções após o Natal para fazer compras, entre elas, alguns presentes de Natal tardios. Um valor que tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo dos últimos anos. Se em 2014 este número não ultrapassou os 19%, em 2015 chegou aos 20% e no ano passado atingiu os 23%, menos 2 pontos percentuais que este ano.
Os números do Observador Cetelem Natal 2017 parecem indicar que as consumidoras tendem a aproveitar mais as promoções pós-natalícias para as suas compras, embora não seja um número muito superior ao registado junto dos inquiridos do sexo masculino, apenas mais 4 pontos percentuais (27%, contra 23%).
Por cidades, no Porto, o número de consumidores que espera pelas promoções é superior ao registado em Lisboa – 21%, mais 4 pontos percentuais que na capital. Quanto às regiões, o valor é similar a sul e norte, com 32%, enquanto no centro de Portugal o valor daqueles que esperam pelas promoções nos dias posteriores ao Natal é de 23%.
Este estudo foi desenvolvido em colaboração com a Nielsen, tendo sido realizados 600 inquéritos por telefone, a indivíduos de Portugal continental, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, entre os dias 23 de setembro a 6 de outubro, e um erro máximo é de +4.0 para um intervalo de confiança de 95%.
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